Nesta quarta-feira, 9 de junho, celebra-se o Dia Mundial de Imunização. O principal objetivo desta data é conscientizar a população sobre a importância da vacina, uma das grandes descobertas da medicina, e de manter as principais vacinações contra certas doenças em dia, diminuindo a probabilidade de contrair enfermidades como a caxumba, o sarampo, o tétano, a gripe, entre tantas outras. Graças a este tipo de procedimento é possível prevenir doenças e até erradicá-las.
“Neste ano, a data ganha ainda mais importância, por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que só vai acabar quando todo mundo estiver vacinado”, ressaltou o Secretário de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mauro Salles. Ele lembrou que o Brasil há muito tempo conta com um dos mais completos programas de imunização do mundo, com grande cobertura de população vacinada e de quantidades de vacinas oferecidas.
O Programa Nacional de Imunização (PNI) foi criado em 1973, regulamentado no ano de 1975 pela Lei nº 6.259, de 30/10/1975, e pelo Decreto nº 78.231, de 30/12/1976, representando um instrumento destinado à proteção da população brasileira contra doenças que podem ser evitadas com o uso de imunobiológicos, incluindo as vacinas. “A ideia foi a de estabelecer um calendário nacional de vacinações contra as principais doenças que atingem crianças, jovens, adultos, idosos e gestantes. Infelizmente o atual governo não foi capaz de aproveitar a eficácia do nosso sistema de saúde”, explicou o dirigente da Contraf-CUT.
Durante a pandemia, por conta da sua gravidade, mortalidade e transmissibilidade, foi criada uma lista de prioridades do PNI. A inclusão nesta lista é a principal reivindicação atual dos bancários. “Nossa categoria trabalha em locais fechados, por questões de segurança. Pode se contaminar e disseminar o vírus em casa e para os clientes. Durante toda a pandemia, nós atendemos milhões de pessoas, com pagamento de aposentadoria, auxílio emergencial e negociando créditos. Estamos entre os setores profissionais com maior aumento de mortes no período da pandemia. O Ministério da Saúde tem que nos colocar como setor essencial no Plano Nacional de Imunização”, declarou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.
O Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) solicitaram um agendamento reunião com o governo federal para discutir a entrada da categoria no Plano Nacional de Imunizações.
Mobilizações regionais se espalham pelo país
O Comando Nacional dos Bancários orientou os sindicatos e federações de todo o Brasil a fazerem pressões sobre as casas legislativas e executivas locais, para a inclusão na lista de prioridades da vacinação. E isso já deu resultado. Alguns municípios do Pará incluíram os bancários na lista de prioridades. A notícia é ainda melhor, bancários e bancárias de Breves, Ilha do Marajó, Soure, Concórdia do Pará, Marapanim e Cachoeira do Piriá já receberam a primeira dose da vacina.
A luta pela inclusão da categoria bancária como prioridade na vacinação contra a Covid-19 começou antes mesmo da chegada das primeiras doses ao Pará. “No início de janeiro, encaminhamos ofício ao governo do Pará, prefeitura de Belém e outras prefeituras municipais com o pedido, conseguimos reuniões virtuais e apoio de parlamentares. Felizmente alguns municípios já começaram a vacinação da categoria e temos sinalização positiva de outros para as próximas semanas. Estamos longe ainda do que gostaríamos que realmente fosse, que é a vacinação em massa e para toda a categoria no Brasil, que ficou de fora do PNI por decisão do Governo Bolsonaro. Isso só foi possível graças a nossa ação e também a iniciativa dos bancários, que pediram o ofício do Sindicato e reforçaram, presencialmente, o pedido que já havíamos feito de forma remota. É uma dose de esperança, alívio e também de força para seguirmos em busca da vacinação para toda a categoria no Pará”, destacou a presidenta do Sindicato e bancária da Caixa, Tatiana Oliveira.
Manifestações ganham força
As mobilizações regionais começam a pipocar por todo o país. Nesta terça-feira (8), as bancárias e bancários que fazem parte da base do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região realizaram uma paralisação reivindicando a inclusão da categoria entre os grupos prioritários da fase 4 de vacinação.
Já os bancários de Pernambuco aprovaram, por 99% dos votos, o Estado de Greve pela inclusão da categoria como prioridade na vacinação contra a Covid-19. A decisão foi tomada em assembleia geral online, realizada pelo Sindicato dos Bancários de Pernambuco, na noite de segunda-feira (7). O Estado de Greve é um aviso à sociedade de que os bancários poderão deflagrar uma greve com paralisação a qualquer momento, caso as negociações para serem contemplados com a vacinação não avancem.
Ainda na segunda-feira, uma comissão do Sindicato dos Bancários de Pernambuco foi recebida no Palácio do Campo das Princesas, durante a vigília da categoria em memória dos bancários vítimas da Covid-19. “O Governo do Estado de Pernambuco, por meio do secretário executivo da Casa Civil, Eduardo Figueiredo, assumiu o compromisso de empenhar-se para ampliar a vacinação para a categoria bancária e reforçar a reivindicação dos bancários junto ao Comitê de Combate à Covid-19 do estado de Pernambuco. Vamos seguir cobrando para que esse empenho seja concretizado com a vacinação”, destacou o presidente eleito para o triênio 2021-2024, Fabiano Moura. A expectativa é de uma possível inclusão com a chegada da Sputnik-V, vacina adquirida pelo Consórcio Nordeste.
No estado, seis cidades, Itapetim, Bonito, Surubim, Ouricuri, Salgadinho e Bom Conselho, incluíram a categoria na lista prioritária.
Bancários de Araraquara mobilizados pela vacina
O empenho em garantir a imunização dos trabalhadores bancários tem crescido a cada dia e conta com o apoio do Sindicato dos Bancários de Araraquara. A entidade, além de participar e divulgar um abaixo-assinado virtual que cobra a inclusão da categoria bancária no grupo prioritário da vacinação, também já solicitou via ofício ao governo municipal para que os bancários tenham prioridade. Outros ofícios também foram encaminhados em nível federal e estadual pela federação estadual e confederação nacional que representa a entidade, reforçando a necessidade de imunização da categoria. O Sindicato também ressalta a importância de vigilantes e prestadores de serviços terceirizados, essenciais para o funcionamento das agências, serem incluídos nos grupos prioritários.
“A cada dia, recebemos novas notificações de casos confirmados ou suspeitos por coronavírus nas agências de nossa base. O número é preocupante e alerta para a necessidade e urgência de inclusão da categoria entre os grupos prioritários para imunização. Temos fiscalizado e cobrado sistematicamente dos bancos ações mais eficientes. Os bancos são locais de alto índice de contaminação e, neste momento, a proteção de um trabalhador significa a proteção de outras dezenas de pessoas”, ressalta a diretora do Sindicato, Rosângela Lorenzetti.
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