O Comando Nacional dos Bancários entregou, na tarde desta quarta-feia (15), a pauta de reivindicações da categoria à Fenaban (federação dos bancos). A partir disso, Comando e Fenaban irão definir um calendário de mesas de negociação, sendo que a primeira rodada deve ocorrer ainda neste mês de junho.
A minuta de reivindicações foi construída democraticamente, com os trabalhadores apontando, em consulta nacional, suas prioridades. O resultado da consulta foi debatido em conferências estaduais e, por fim, na 24ª Conferência Nacional dos Bancários, ocorrida no último final de semana (11 e 12), em São Paulo, onde a pauta foi aprovada.
A categoria quer aumento real de 5%; piso com base no salário mínimo do Dieese (R$ 6.535,40) e PLR de três salários mais parcela fixa adicional de R$ 12.887,04, reajustada pelo INPC com 5% de ganho real. Os bancários também reivindicam valorização dos vales refeição e alimentação no valor de um salário mínimo (R$ 1.212,00), entre outras demandas (veja abaixo).
“Esse ano completamos 30 anos da nossa Convenção Coletiva de Trabalho, e começamos nossa Campanha Nacional Unificada com respeito à democracia, na expectativa de que o processo negocial respeite o trabalhador. Nossa consulta aos bancários apontou a importância do aumento real, reajuste do VA e VR, manutenção do emprego, fim das metas abusivas, cuidado e acompanhamento com a saúde do trabalhador, entre outros itens. A construção dessa minuta envolveu de forma coletiva os trabalhadores, que iniciou com as consultas, as conferências estaduais e nacional. E temos certeza de que a categoria está mobilizada e unida por melhores condições de trabalho”, destacou Ivone Silva, uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.
Campanha nas ruas
Mais cedo, como já é tradição no movimento sindical bancário, a categoria lançou oficialmente sua campanha nas ruas. Este ano, o mote da Campanha Nacional Unificada dos Bancários é “Vamos ganhar esse jogo!”.
Veja as principais reivindicações
- Reposição salarial e nas demais verbas: Inflação do período entre 31 de agosto de 2021 e 1º de setembro de 2022 (INPC) mais 5% de aumento real;
- Aumento maior para o VR e VA;
- Garantia dos empregos
- Manutenção da regra da PLR, atualizada pelo índice de reajuste;
- Fim das metas abusivas;
- Combate ao assédio moral;
- Acompanhamento e tratamento de bancários com sequelas da Covid-19.
Caixa e Banco do Brasil
No mesmo dia da entrega da pauta de reivindicações à Fenaban, o Comando Nacional dos Bancários também fez a entrega das pautas de reivindicações específicas dos bancários do Banco do Brasil e dos bancários da Caixa Econômica Federal. Os dois bancos públicos também integram a mesa da Fenaban, mas cada um deles realiza mesas de negociação paralelas, para negociar os acordos aditivos específicos dos trabalhadores desses bancos.
Calendário
As negociações já começam na semana que vem. Veja abaixo o calendário de negociações.
Junho:
22 e 27/6
Julho:
6, 22 e 28/7
Agosto:
1, 3, 8, 11, 15, 18, 19, 20, 22, 23 e 24/8
Audiência pública debaterá o plano de saúde dos aposentados do Itaú
Em live, representações dos empregados e aposentados reforçam defesa do Saúde Caixa e reajuste zero
Banco Central dificulta vida das famílias brasileiras com nova elevação de juros
GT de Saúde denuncia práticas abusivas do banco Itaú contra bancários adoecidos
Itaú: Demissões por justa causa crescem e movimento sindical alerta para procedimentos incorretos
Movimento sindical expõe relação entre aumento de fintechs e precarização no setor financeiro
Quem ganha e quem perde com a redução da meta atuarial?
Dia Nacional de Luta: Sindicato intensifica mobilização em defesa do Saúde Caixa
Audiência pública no dia 3 de julho, em Araraquara, denunciará impactos da terceirização no setor financeiro
Institucional
Diretoria
História
Conteúdo
Acordos coletivos
Galeria
Notícias