
Bancários de diversas agências do Itaú relataram um clima de medo, insegurança e apreensão após uma reunião com Gerentes Gerais de Agências (GGA’s), realizada no fim de novembro. No encontro, foi informado que as travas do POC (Programa de Oportunidades e Carreiras) estariam liberadas e que os funcionários deveriam se cadastrar nas vagas disponíveis no sistema.
Entre as orientações repassadas, chamou atenção a recomendação para que Gerentes Uniclass se inscrevessem em vagas de Gerente Uniclass, mesmo já ocupando essa função. A orientação gerou dúvidas e questionamentos, uma vez que muitos profissionais não compreenderam a necessidade de se candidatarem novamente ao mesmo cargo.
Mudanças anunciadas sem transparência
Durante a reunião, alguns GGA’s afirmaram que mudanças ocorreriam a partir de janeiro, mas alegaram não poder detalhar quais seriam essas alterações. Também foi mencionado que cargos como GGA’s, GA’s e Líderes de Tesouraria poderiam deixar de existir dentro das agências, o que contribuiu para elevar o nível de tensão entre os trabalhadores.
A forma como a comunicação foi conduzida foi avaliada pela representação dos trabalhadores como inadequada. Relatos indicam que houve pressão para acelerar a entrega de resultados, especialmente dos indicadores do GERA, sob o argumento de que não se sabia o que ocorreria a partir de janeiro.
Ainda segundo os relatos, foi informado que haveria vagas disponíveis, porém restritas àqueles que apresentassem desempenho considerado diferenciado no último trimestre do ano, o que reforçou o clima de insegurança.
Banco fala em oportunidades e novas vagas
Diante das preocupações relatadas pelos bancários, o movimento sindical buscou esclarecimentos junto ao banco. A instituição informou que a intenção seria priorizar trabalhadores da rede de agências diante da abertura de novas agências digitais. De acordo com o banco, a expansão deverá gerar cerca de 110 novas posições, entre GGA’s e Gerentes de Relacionamento Digital. O setor de Recursos Humanos também afirmou que não haveria extinção do cargo de Gerente de Atendimento.
Na avaliação do movimento sindical, no entanto, a forma como as informações foram transmitidas aos trabalhadores foi extremamente problemática. Segundo os relatos recebidos, a comunicação adotou um tom alarmista, com falas que sugeriam urgência extrema na entrega de resultados em dezembro, associando o desempenho imediato à possibilidade de acesso a vagas futuras, o que contribuiu para aumentar o medo e a ansiedade no ambiente de trabalho.
Ainda de acordo com o banco, a proposta seria incentivar a participação dos bancários nos processos seletivos internos como uma oportunidade de crescimento profissional, inclusive como resposta a críticas recorrentes sobre a priorização de contratações externas em detrimento da valorização do quadro interno.
Para a representação dos trabalhadores, contudo, a comunicação foi desestruturada e pouco responsável. A avaliação é de que, caso mudanças relevantes estejam previstas para ocorrer a partir de janeiro, elas deveriam ser comunicadas de forma clara, objetiva e organizada, respeitando a preocupação legítima dos trabalhadores com a manutenção de seus empregos.
Prazo curto impediu esclarecimentos
Chegou a ser cogitada a realização de uma nova conversa para esclarecimento do processo, mas não houve tempo hábil, já que o prazo para inscrição no POC se encerrava em 30 de novembro. A combinação entre comunicação confusa e prazo reduzido agravou ainda mais o sentimento de insegurança entre os funcionários.
Inscrições por medo, não por escolha
Em visitas às agências, a representação dos trabalhadores constatou que muitos bancários realizaram a inscrição nas vagas não por interesse ou afinidade com as funções, mas por se sentirem pressionados diante do cenário de incerteza apresentado.
Na avaliação do movimento sindical, mudanças estruturais dessa magnitude precisam ser planejadas e comunicadas com transparência, responsabilidade e respeito, de modo a evitar a disseminação de medo, ansiedade e instabilidade no ambiente de trabalho.

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