As entidades que participaram da Plenária Nacional de Organização das Lutas promovida pelas Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, com apoio da CUT, demais centrais, deliberaram na terça-feira (26), a união de forças de todos os segmentos civis e políticos que estão lutando pelo impeachment de Jair Bolsonaro (ex-PSL).
Numa reunião virtual com quase 500 pessoas presentes, a plenária deliberou três eixos de luta: 1) Fora Bolsonaro; 2) Vacina Já e para todos e 3) o retorno do auxílio emergencial. Também foi deliberado um calendário de lutas (veja abaixo) culminando com uma nova carreata para o dia 21 de fevereiro, nos moldes da última realizada no sábado (23); e orientações para organização de defesa dos três principais eixos.
Presente à reunião, o vice-presidente da CUT, Vagner Freitas, explicou que a diferença da conjuntura dos últimos meses é que setores conservadores também começam a reivindicar o “Fora Bolsonaro”, a vacinação e o pagamento do auxílio emergencial, cada um motivado por suas particularidades, mas devido à urgente necessidade de tirar Bolsonaro do poder, para que o país retome o seu crescimento, é preciso que segmentos como OAB, CNBB e demais entidades de diversas orientações políticas se unam em torno do mesmo objetivo.
“Defender o Fora Bolsonaro é defender a vida, o emprego. Ele é o grande empecilho para que o país saia da crise econômica. Seu negacionismo da doença e seu desempenho frente à pandemia da Covid-19 impedem que a vacina chegue a todos, e sem vacina haverá uma paralisia na economia e o aumento do desemprego”, afirma Vagner Freitas.
O dirigente reforça que o engajamento da classe trabalhadora é fundamental, pois sem vacina quem vai morrer é o trabalhador, o menos favorecido pelas condições econômicas para procurar um tratamento e fazer o distanciamento social.
"Defender o Fora Bolsonaro é defender a vacina, o pagamento do auxílio emergencial, é lutar pelo emprego, pela sua vida, pela segurança de nossas famílias. Bolsonaro no poder é o entrave para a solução da pandemia e do fim da crise econômica e social do país", diz Vagner Freitas.
A decisão de unir todas as frentes sociais e políticas pelo “Fora Bolsonaro” se tornou ainda mais necessária com o agravamento da crise em 2021, e que vem sendo arrastada ao longo do ano passado. Por isso, que a Plenária Nacional de Organização das Lutas, acredita que só com mobilização popular é possível pressionar o Congresso Nacional para a abertura do impeachment.
Governo Bolsonaro consome 6 mil latas de leite condensado por dia
Segundo levantamento do Metrópoles, em 2020 o Poder Executivo gastou mais de R$ 15 milhões somente em leite condensado.
Ingrediente utilizado para fazer bolos e doces, o leite condensado foi uma das prioridades nas compras do Poder Executivo em 2020. Mesmo sem motivos para fazer festas [o País passa por diversas crises], o leite condensado abocanhou um orçamento de R$ 15.641.777,49 de R$ 1,8 bilhão gasto com comida.
O levantamento feito pelo (M)dados (com base no Painel de Compras atualizado pelo Ministério da Economia) traz ainda outras curiosidades: houve um aumento de 20% dos custos com alimentos frente ao mesmo período de 2019; além da compra de R$ 1.042.974,22 em alfafa e R$ 16.171.487,31 em chocolate.
Somente em carnes – ítem que teve um forte aumento de preços – o Governo Federal gastou mais de R$ 300 milhões. Foram exatamente R$ 331.902.672,52 divididos entre carne bovina in natura, carne de ave in natura, cane defumada, carne processada, carne salgada, cane suína in natura, embutido, frutos do mar, peixe em conserva e peixe in natura.
O investimento do governo em leite condensado
Caso a prioridade do Governo Federal não fosse o leite condensado, haveria possibilidade de investimentos importantes para o País. Seria possível pagar um auxílio emergencial de R$ 600,00 para 26.069 pessoas, ou 52.138 pessoas, caso o benefício fosse de R$ 300,00.
No mesmo sentido, com os mais de R$ 15 milhões gastos no ingrediente, seria possível comprar cerca de 300 mil doses da vacina contra a Covid-19 feita pelo Instituto Butantan. Ou seja, imunizar em torno de 150 mil brasileiros.
Organização e Luta
Para esse processo é indispensável o esforço de unidade de todos os setores populares, com uma articulação nacional de convocação dos segmentos que possam se somar nesta iniciativa, realizando plenárias estaduais com amplo espectro político, construir um calendário de mobilização nos municípios, criar Comitês Populares de Saúde nos bairros para enfrentar a pandemia; fortalecer a comunicação contra o discurso bolsonarista nas redes sociais; denunciar internacionalmente Bolsonaro junto às entidades de direitos humanos, a partidos e na Comissão de Direitos Humanos na ONU; apoiar a instalação imediata da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ‘Pazzuelo/Bolsonaro’; fortalecer a adesão e divulgação do “Manifesto das Igrejas ao Povo Brasileiro”; realizar atos ecumênicos comunitários em memória e denunciar as mortes causadas pelo Covid-19 e, por fim, realizar o Dia da Solidariedade e pela Renda Emergencial.
Confira o calendário de lutas
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