O mês de julho, que tem como marco o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha em 25 de julho, é emblemático para as mulheres negras no Brasil. O período, conhecido como "Julho das Pretas", reúne atividades culturais, debates e manifestações que celebram a resistência e reforçam a luta contra o racismo, a violência e as desigualdades estruturais.
Neste ano, o movimento sindical, através da secretaria de Combate ao Racismo da CUT, coletivos, junto com organizações e movimentos sociais, promovem uma agenda diversa, com rodas de conversa, saraus, feiras de empreendedorismo e atos públicos.
O objetivo é ampliar a visibilidade das pautas da população negra, como a Marcha das Mulheres Negras (que acontece em novembro), a o enfrentamento ao racismo e ao machismo, direito à saúde, educação, moradia digna e combate à violência política e ao feminicídio.
A data foi instituída em 1992, durante o 1º Encontro de Mulheres Negras Latinas e Caribenhas, na República Dominicana, e oficializada no Brasil em 2014, com a criação do Dia Nacional de Tereza de Benguela — líder quilombola que se tornou símbolo de força e organização das mulheres negras.
Dados do Atlas da Violência (2023) mostram que 66% das vítimas de feminicídio no Brasil são negras, evidenciando a urgência de políticas públicas específicas.
As mulheres continuam a enfrentar as maiores cargas tributárias por causa do sistema regressivo de tributação no Brasil, que taxa mais o consumo do que a renda e o patrimônio. Levando em conta as intersecções de gênero e raça no país, as mulheres negras são as mais impactadas, pagando proporcionalmente mais impostos quando se trata de tributação indireta.
Mês de luta
Para Júlia Nogueira, secretária nacional de Combate ao Racismo da CUT, o “Julho das Pretas” é também um chamado à sociedade para que a luta por equidade não se restringe a uma data, mas é um compromisso contínuo com a justiça social.
“Neste Julho das Pretas, ocupamos as ruas, os espaços de poder e as redes para exigir justiça, reparação e políticas públicas que garantam o nosso bem-viver. Porque quando uma mulher negra avança, toda a sociedade avança. É um ato político, um grito de existência e um chamado à luta. Celebrado desde 2013, esse período reforça a resistência e a força das mulheres negras, que há séculos constroem, sustentam e transformam esse país, mesmo diante de um sistema que insiste em negar seus direitos e apagar suas histórias”, diz a dirigente.
Marcha das mulheres negras
Os desafios são inúmeros, mas a história revela a força e a resistência das mulheres negras, desde os tempos da escravidão que moldou o Brasil até as formas contemporâneas de opressão pós-abolição. Tereza de Benguela, homenageada no Dia da Mulher Negra, é um desses símbolos de luta.
Atualmente, mulheres negras de todo o país estão se mobilizando para a 2ª Marcha de Mulheres Negras, que acontecerá em Brasília em novembro de 2025. O objetivo é reunir 1 milhão de mulheres negras em marcha, reivindicando reparação histórica e o direito ao bem-viver para a população negra no Brasil.
“Precisamos organizar as mulheres para participar da marcha nacional das mulheres negras, mas nós não podemos deixar de citar que este ano, em setembro, também teremos a Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial. É um espaço perfeito para debater e para se construir propostas que influenciem nas políticas públicas, no sentido de que o Estado brasileiro também precisa ter sua parcela de responsabilização no combate ao racismo deste país”, afirma Julia Nogueira.
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