
A operadora de cartões chinesa UnionPay, considerada a maior do mundo, chegará em breve ao Brasil. A informação é do site GGN.
A movimentação ocorre no momento em que o presidente norte-americano Donald Trump discute impor mais sanções ao Brasil. As mais recentes já anunciadas, que taxarão em 50% as exportações nacionais aos Estados Unidos, teve como uma das alegações a suposta concorrência desleal entre o PIX e as empresas de pagamento estadunidenses como Visa, Mastercard, WhatsApp Pay, Google Pay e Apple Pay.
Segundo Rosângela Vieira, economista do Dieese, a chegada da nova operadora no mercado brasileiro tem potencial para pressionar Visa, Mastercard e outras bandeiras a reduzirem suas taxas, tanto para lojistas quanto para consumidores.
“Com mais concorrência nos meios de pagamento, bancos e operadoras tradicionais também poderão ser levados a rever o custo do crédito, juros, especialmente em modalidades como o rotativo do cartão”, destaca.
A fintech brasileira Left (Liberdade Econômica em Fintech), que está viabilizando a chegada da UnionPay ao Brasil, será responsável pela emissão dos cartões e pela integração da operadora chinesa com bancos, maquininhas e sistemas de pagamento. A função crédito, no entanto, deve ser lançada apenas no final do ano.
A empresa atua no país como administradora de cartões de crédito, mas não consta, até o momento, como instituição autorizada pelo Banco Central, mesmo como correspondente bancário.
Infraestrutura financeira multipolar
A proposta da UnionPay inclui a integração ao sistema Cips (Cross-Border Interbank Payment System), uma alternativa ao Swift.
De acordo com Rosângela, isto pode representar para o Brasil uma redução da dependência do dólar nas transações internacionais. “Um aspecto estratégico em tempos de tensões geopolíticas promovidas por Trump.”
O sistema Swift (Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication) é uma rede global de comunicação que conecta instituições financeiras, permitindo a troca de informações bancárias e instruções de pagamento, com grande dependência do dólar estadunidense.
Já o Cips, criado pela China em 2015, cumpre função semelhante, mas visa contornar a hegemonia do dólar. Além disso, surge como resposta à possibilidade de o Swift ser usado como ferramenta de coerção política, como ocorreu nos casos de Rússia e Irã, que foram excluídos do sistema.
“Maior aderência de instituições brasileiras ao Cips pode representar, inclusive, fortalecimento do Brics, na construção de uma infraestrutura financeira multipolar e na cooperação econômica entre seus membros”, destaca Neiva Ribeiro, uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.
A dirigente, contudo, ressalta que será fundamental compreender a forma de inserção da instituição no sistema financeiro, dentro dos parâmetros legais e das relações de trabalho. “Trata-se de uma iniciativa que pode representar uma oportunidade de geração de empregos, especialmente para profissionais oriundos do sistema bancário tradicional.”

GT de Saúde cobra explicações do Itaú sobre convocações indevidas, canal de denúncias e descontos em contracheques

Campanha de Sindicalização: SEEB Araraquara premia 24 bancários associados em sorteio especial de fim de ano

ANBIMA altera certificações em 2026: veja o que muda e como se preparar

Pesquisa de satisfação 2025: participe e diga sua opinião sobre o Saúde Caixa

Maioria dos trabalhadores considera sindicatos importantes e quer carteira assinada, aponta Vox Populi

Direção Nacional define data do Congresso da Contraf-CUT

As 4 engrenagens que tornam o crédito no Brasil um agente de empobrecimento

Santander promove reestruturação sem diálogo prévio e movimento sindical cobra reunião urgente

Caixa: Fechamento de agências prejudica a todos
Institucional
Diretoria
História
Conteúdo
Acordos coletivos
Galeria
Notícias