
Na última terça-feira (25), o movimento sindical bancário se reuniu com o Santander para discutir a reestruturação do banco. Durante o encontro, os representantes do Santander negaram a implementação de mudanças. Entretanto, no dia seguinte, a reestruturação foi divulgada nas redes sociais.
A postura do banco demonstrou um grande desrespeito aos trabalhadores e aos seus representantes. Em resposta, os membros que compõe a Comissão de Organização dos Empregados (COE) enviaram correspondência para a vice-presidente de Recursos Humanos do Santander, Germanuela de Almeida de Abreu, reivindicando negociação urgente sobre o tema e exigindo uma interlocução séria.
"Mesmo após negar qualquer mudança durante reunião formal com o movimento sindical, o banco anunciou a reestruturação no dia seguinte, demonstrando falta de respeito e comprometimento com a negociação coletiva, prática que causa também insegurança e desgaste na categoria. São decisões que mexem com equipes inteiras e mudam a vida dos trabalhadores. Reivindicamos que o banco pare de agir unilateralmente e abra imediatamente um processo de negociação sério, como os funcionários merecem", destaca o diretor do Sindicato dos Bancários de Araraquara e região, Paulo Vicente Fernandes.
Outro tópico fundamental para a representação dos trabalhadores é a transparência sobre a estrutura do conglomerado Santander no Brasil. O movimento sindical solicitou a lista de CNPJs e dos trabalhadores de todas as empresas da holding que realizam atividades bancárias ou semelhantes.
"É importante que a gente conheça esses trabalhadores, pois nós precisamos representá-los. Não aceitaremos que o banco fragmente a categoria para diminuir direitos", ressalta Wanessa de Queiroz, diretora executiva da FETEC-CUT/SP e coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander.
Lucro e demissões
O Santander Brasil acumulou R$ 11,5 bilhões de lucro nos primeiros nove meses de 2025 e segue entre os três maiores bancos privados do país, ostentando o melhor índice de eficiência do setor (37,5%). Deste total, apenas 40% são do banco e 60% das demais empresas do grupo. A operação brasileira também é uma das principais responsáveis pelos resultados globais do grupo. Porém, esse excelente desempenho contrasta com uma reestruturação que atinge diretamente quem trabalha.
Desde 2019, o banco fechou 1.367 agências – uma queda de 58,7% – que passaram a ser chamadas de "lojas" nos balanços. No mesmo período, o número de clientes cresceu em 22,3 milhões (+47,4%). Com isso, a sobrecarga se ampliou: o número médio de clientes por empregado subiu 36,1% (de 988,8 para 1.346,2) e o número de clientes por agência aumentou 256,9%. A holding também encolheu, com 2.171 demissões em apenas três meses e 3.288 em doze meses.

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