A 17ª Plenária Nacional da CUT "João Batista Gomes", que acontece nesta semana, na capital paulista, foi o palco de mais um momento histórico para o movimento sindical cutista, com o lançamento do Protocolo de Prevenção e Ação em Casos de Discriminação, Assédio e Violência.
A aprovação do documento, por mais de 500 delegados e delegadas de todo o país, aconteceu na quinta-feira (16) e consolidou um processo histórico de luta e articulação das trabalhadoras em organismos internacionais nacionais para o combate a toda a forma de violência.
“Foi uma construção coletiva e demorada, mas necessária. Começou ainda na minha gestão, inspirada pela Convenção 190. Queríamos criar um instrumento nosso, dentro da CUT, para tratar os casos de assédio e violência de forma responsável e pedagógica”, contou Juneia Batista, ex-secretária nacional de Mulheres da CUT.
A atual secretária da Mulher Trabalhadora da CUT, Amanda Corcino, completou que o protocolo trata-se "de um compromisso ético e político" do movimento sindical cutista, sobre a necessidade de "transformar as relações de trabalho e garantir um ambiente livre de assédio”.
Também presente na mesa de lançamento, a presidenta da Contraf-CUT e vice-presidenta nacional da CUT, Juvandia Moreira, afirmou que o protocolo é “um instrumento de transformação social e sindical”.
“Não há igualdade real sem combater a violência contra as mulheres, o racismo e todas as formas de opressão. A CUT reafirma com este documento seu papel histórico de promover justiça social e respeito em todos os espaços”, declarou.
Juvandia destacou ainda que as mudanças exigem formação, escuta e nova mentalidade. “Muitos dizem que não se pode mais fazer piadas, mas nunca foi engraçado piada racista, machista ou homofóbica. O protocolo nos ajuda a perceber e corrigir comportamentos que antes passavam despercebidos. Isso é cultura, é transformação”, afirmou.
A secretária-adjunta de Combate ao Racismo da CUT, Nadilene Sales, destacou que o protocolo tem importância pedagógica. “Esse protocolo é uma construção coletiva e educativa. Ele orienta, previne e transforma. Precisamos olhar para todas as vulnerabilidades – de gênero, raça, deficiência e saúde mental – para construir uma CUT verdadeiramente segura, respeitosa e inclusiva”, disse. “Cada sindicato pode e deve adotar esse instrumento, ajustando à sua realidade, mas mantendo o mesmo princípio: o compromisso com o respeito e a dignidade humana”, completou.
O secretário-geral da CUT, Renato Zulato, por sua vez, observou a responsabilidade coletiva, necessária neste momento, para que o protocolo seja implementado por todos os sindicatos. “Mais do que punir, o objetivo é mudar a cultura organizacional, promover o respeito e garantir que ninguém se sinta intimidado ou silenciado nos espaços de trabalho e de militância”, pontuou.
O que é o Protocolo e qual seu objetivo?
O Protocolo de Prevenção e Ação em Casos de Discriminação, Assédio e Violência da CUT surgiu da necessidade de estabelecer um mecanismo objetivo e concreto para a prevenção e o combate a comportamentos e condutas inaceitáveis, especialmente contra as mulheres, e visa promover uma cultura de respeito mútuo e garantir um ambiente de trabalho e de convivência livre de toda forma de violência.
O documento estabelece que o comportamento de todas as pessoas deve estar em conformidade com os princípios nele definidos, comprometendo-se a reconhecer e valorizar as diferenças individuais; respeitar os pontos de vista de cada pessoa; e abster-se de qualquer conduta agressiva, intimidatória, discriminatória ou assediadora. Clique aqui para acessar o protocolo na íntegra.
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