
Uma audiência pública realizada na última terça-feira (19), na Câmara dos Deputados, reuniu representantes do movimento sindical, parlamentares e entidades de classe trabalhadora para discutir a situação do plano de saúde dos aposentados do Itaú. A iniciativa foi da deputada federal Erika Kokay (PT-DF), que conduziu os trabalhos e destacou que a saúde suplementar é um direito essencial, especialmente para trabalhadores e trabalhadoras que dedicaram décadas de suas vidas ao setor financeiro.
A mobilização ocorre diante da insatisfação crescente dos aposentados, que denunciam a cobrança de valores cada vez mais altos para manter o plano de saúde. Após o encerramento do período em que o banco participa parcialmente do custeio, conforme previsto na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), muitos passam a enfrentar mensalidades que superam R$ 2 mil por pessoa, chegando a ultrapassar R$ 4 mil para casais. Nessas condições, a manutenção do benefício se torna inviável para a maioria.
Ao encerrar a audiência, a deputada Erika Kokay afirmou que a luta pelo plano de saúde dos aposentados do Itaú não é apenas uma questão corporativa, mas de justiça social. "O direito à saúde não pode ser negado ou precarizado em nome do lucro. É preciso garantir condições dignas para quem dedicou sua vida ao trabalho e agora precisa de proteção", declarou.
Para Jair Alves, dirigente da Contraf-CUT, a audiência reforçou a urgência de uma solução: "Estamos falando de milhares de aposentados que ajudaram a construir o Itaú e agora estão sendo penalizados com custos abusivos no plano de saúde. É inaceitável que o banco transfira integralmente essa conta para quem já cumpriu sua parte. O movimento sindical vai seguir mobilizado para garantir que esse direito seja respeitado."
O deputado estadual de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino (PT-SP), também participou da mesa e ressaltou a relevância da luta dos bancários aposentados como parte da resistência mais ampla contra o desmonte de direitos trabalhistas e previdenciários no país.
A audiência contou ainda com a participação de uma caravana de cerca de 30 bancários de São Paulo, além de representantes de várias federações de trabalhadores do setor financeiro de diferentes regiões do Brasil.
Caroline Heidner, diretora de Saúde Suplementar da Anapar, também participou do debate, trazendo a visão das associações de previdência complementar e reforçando a importância de uma regulamentação justa e equilibrada para os planos de saúde de aposentados.
Ao final, Jair Alves reforçou a necessidade de ação conjunta entre o movimento sindical e os parlamentares: "Essa audiência demonstra que precisamos, juntos com os parlamentares, pautar a discussão da Lei 9.656/98 nos órgãos fiscalizadores e na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), garantindo que os aposentados tenham seus direitos protegidos de forma justa e equilibrada."
Para Rosângela Lorenzetti, dirigente do Sindicato dos Bancários de Araraquara e Região e secretária de Saúde da Fetec-CUT/SP, que participou da atividade em Brasília, a situação escancara a lógica cruel do banco. “O Itaú faturou bilhões e continua lucrando como nenhum outro, mas trata seus aposentados como peso descartável. Isso é desumano. Vamos continuar nas ruas, nos espaços de debate e em cada instância necessária para assegurar que esses trabalhadores tenham acesso digno à saúde!”, destacou.

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