Bancários definem resoluções em defesa da soberania nacional, da democracia e da categoria e ato em defesa do Banco do Brasil
Decisões foram tomadas com base em conferências estaduais e regionais, levantamento com 33.482 bancárias e bancários de todo o país e intensos debates realizados em encontros e congressos nacionais específicos de trabalhadores de cada banco e na 27ª Confe
Data: 25/08/2025 às 11:24
Fonte: Contraf-CUT,c om edição de Seeb Araraquara

Ao final da 27ª Conferência Nacional das Bancárias e Bancárias, os 629 delegados (366 homens e 263 mulheres) da categoria aprovaram as resoluções com uma ampla agenda de reivindicações e propostas do movimento sindical bancário, com foco em questões econômicas, sociais e políticas. As resoluções destacam a defesa da democracia e da soberania nacional, posicionando-se contra o fascismo, as privatizações e a interferência externa, com adesão às manifestações de 7 de Setembro, organizados pelas centrais sindicais e movimentos sociais. Também foi aprovada a realização de atos em defesa do Banco do Brasil, contra “publicações inverídicas e maliciosas que disseminam informação em redes sociais, com o objetivo de gerar pânico e induzir a população a decisões que podem prejudicar a sua saúde financeira”.

Ainda foi dada uma ênfase significativa à justiça tributária, propondo a taxação de grandes fortunas e a isenção de IR para rendas mais baixas, além da regulação das redes sociais para combater a desinformação. Os textos também abordam a defesa das empresas estatais e dos bancos públicos como propulsores de políticas de desenvolvimento do país, com a concessão de crédito para a classe trabalhadora, a redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6x1. Também foi proposta a revisão do sistema financeiro nacional para combater juros abusivos, a atuação das fintechs e o fortalecimento da formação da classe trabalhadora, a modernização da comunicação e a mobilização sindical para enfrentar os desafios contemporâneos e promover a inclusão.

"Mais uma vez, a Conferência mostrou a força da nossa categoria na construção de um projeto de país mais justo e igualitário, o país que queremos! Estivemos presentes com firmeza, porque entendemos que cada conquista da categoria está diretamente ligada à resistência contra o fascismo, às políticas de valorização do trabalho e à defesa dos bancos públicos. Seguiremos lado a lado com a categoria, em Araraquara e em todo o país, para transformar as resoluções aprovadas em ações concretas em defesa dos empregos, dos direitos e da dignidade da classe trabalhadora", destacou Paulo Roberto Redondo, presidente do Sindicato dos Bancários de Araraquara e região.

“As prioridades para a atuação do movimento sindical bancário neste próximo ano foram definidas depois de debates realizados em conferências estaduais e regionais, que trouxeram as propostas para serem aprovadas aqui na nossa 27ª Conferência. A partir desse processo de conferências, deliberamos fortalecer os atos de 7 de setembro, para defender a soberania nacional, defender o Banco do Brasil, bem como os empregos e os direitos, da saúde e condições de trabalho para as bancárias e dos bancários”, explicou a presidenta da Contraf-CUT e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira.

Consulta Nacional

“Além disso, fizemos uma Consulta Nacional à categoria, que contou com 33.482 respondentes, para apurar quais as mobilizações as bancárias e bancárias de todo o país desejam que os movimentos realizem”, completou.

“Após uma profunda análise da conjuntura nacional e internacional, destacou-se a necessidade urgente de defesa da democracia, enfrentamento ao fascismo e proteção da soberania nacional. Querem entregar o Brasil de bandeja para outro país que quer continuar explorando nossas riquezas e impedindo nosso desenvolvimento e exercendo poder sobre os rumos do nosso país. E isso não podemos permitir”, ressaltou a presidenta da Contraf-CUT. “Por isso, vamos aderir às manifestações do dia 7 de setembro, somando forças às centrais sindicais e movimentos populares em defesa da soberania nacional e também pela redução da jornada e o fim da escala de trabalho 6X1, assim como pela taxação dos super-ricos e redução de IR para os trabalhadores com rendas salariais de até R$ 5 mil”, concluiu.

Neste mesmo sentido de defesa da soberania e da democracia, foi aprovada a realização de ato nacional no dia 27 de agosto, em defesa do Banco do Brasil, depois de ataques nas redes sociais iniciado na última terça-feira (19). Entre os ataques, há um vídeo feito por Eduardo Bolsonaro no dia 20, em que o deputado federal afirma que "o Banco do Brasil será cortado das relações internacionais, o que o levará à falência”.

Além da defesa do BB, o ato vai pedir a cassação dos deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Gustavo Gayer (PL-GO), além da prisão do advogado Jeffrey Chiquini, que defende o ex-assessor da Presidência do governo Jair Bolsonaro Filipe Martins. Ambos publicaram postagens, segundo o banco, difamatórias e contra a soberania nacional.

Pautas específicas

As pautas específicas da categoria bancária receberam destaque especial. “A mobilização da classe trabalhadora é crucial para a defesa do emprego bancário, e principalmente garantir condições de saúde e trabalho nas agências e departamentos bancários e a valorização da categoria”, completou a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários.

Resoluções

Foram aprovadas 14 resoluções:

- Realizar ato nacional no dia 27 de agosto, em defesa do Banco do Brasil;

- Reeleger o presidente Lula e apoiar candidaturas ligadas à classe trabalhadora;

- Resolução sobre a regulação, com estatização do Sistema Financeiro Nacional;

- Defesa dos Bancos e Empresas Públicas e a Importância dos Serviços Públicos;

- Saúde e Condições de Trabalho;

- Defesa da Soberania, da Democracia e do PIX;

- Justiça Tributária Já! Que os super ricos paguem mais, para que o povo pague menos;

- Regulação das redes sociais: uma urgência democrática!;

- Redução da Jornada e Fim da Escala 6x1;

- Resolução contra o fechamento de agências bancárias e em defesa do emprego bancário;

- Regulação do Sistema Financeiro Nacional;

- Formação da Classe Trabalhadora;

- Comunicação Popular na Era das Redes Sociais;

- Novas Formas de Mobilização.

Moções

Além das resoluções, foram aprovadas quatro moções:

- De repúdio às práticas de contratação fraudulenta adotadas pelo banco Santander;

- De apoio ao Supremo Tribunal Federal e em defesa da soberania nacional;

C- ontrária à pauta de anistia geral e irrestrita aos participantes da tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023;

- Pelo fim do genocídio do povo palestino.

 

Outras notícias

(16) 3336-6700 / 3335-6333 / 3331-3771

Rua Pedro Álvares Cabral, 1902 - Centro CEP: 14801-390 - Araraquara - SP

  • Siga-nos nas redes sociais:

2020 - www.bancariosararaquara.org.br - Todos os direitos reservados.

Desenvolvido por: Connect Core