Bancários iniciam campanha de negociação salarial
Atos em todo o país mostram que 'perrengues' da categoria unificam luta por aumento real e direitos; em São Paulo, também houve manifestação contra juros altos e contou com a participação do Sindicato
Data: 18/06/2024 às 17:26
Fonte: Contraf-CUT, com edição de Seeb Araraquara

Com o lema #ASuaLutaNosConecta, sindicatos de bancárias e bancários de todo o país foram às ruas, nesta terça-feira (18), para lançar a Campanha Nacional da Categoria Bancária 2024.

Bancários de Araraquara e região estiveram representados na atividade, que ocorreu na capital paulista, em frente à sede do Banco Central, pelo presidente do Sindicato, Paulo Roberto Redondo, e pelos diretores Marcelo Fabiano Siqueira, Rosângela S. F. Lorenzetti e Andréia C. de Campos.

“Nossa pauta é por emprego, por aumento real, por participação nos resultados, mas também é uma pauta pelo país, para que o Brasil tenha crédito mais barato e possa crescer, para que possa ter investimento público, investimento privado, geração de emprego e renda. Porque se não tiver emprego, se não tiver renda, se não combater a desigualdade, também não vamos manter os empregos dos bancários. Nossa luta pelo Brasil é também uma luta pelos bancários e que vai nos trazer sucesso na nossa campanha”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira, durante ato de lançamento da Campanha Nacional categoria, momentos antes da entrega da minuta de reivindicações à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

Juvandia ressaltou que a minuta de reivindicações da categoria é fruto de construção coletiva, com base em uma série de encontros regionais, pelo país, e na Consulta Nacional, que escutou mais de 47 mil trabalhadoras e trabalhadores.

“O sistema financeiro está indo para uma lógica de mercado que está acabando com as agências físicas, jogando tudo para o banco digital e tem uma série de bancos que nem são bancos, que estão aí dominando o mercado e os bancos estão tentando imitar esses bancos, reduzindo postos de trabalho, precarizando as relações de trabalho, precarizando as relações sindicais e a gente vai discutir tudo isso nessa campanha”, disse a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Neiva Ribeiro.

> Veja quais são as principais reivindicações da Campanha Nacional dos Bancários.

Redução dos juros

Em São Paulo, os bancários somaram forças com trabalhadores de diversas categorias representados pela CUT e pelas demais centrais sindicais na manifestação realizada em São Paulo, na frente da sede do Banco Central, na avenida Paulista, pela redução da taxa básica de juros (Selic). A redução da Selic é um dos eixos de reivindicação da Campanha Nacional dos Bancários 2024, aprovados durante a 26ª Conferência Nacional da categoria, no início de junho.

“Estamos aqui hoje dizendo que mantendo os juros tão altos, o Campos Neto está boicotando a economia brasileira, boicotando o crescimento econômico, boicotando o Brasil”, alertou Juvandia. “O mundo todo tem juros menores do que o Brasil. Não tem cabimento a gente manter essa política de juros, que promove o enriquecimento de 1% da população e inibe a melhoria de vida de 99% da população”, completou.

“O Banco Central age independente da sociedade, independente do Congresso Nacional, mas dependente do sistema financeiro! Pratica uma política de juros altos para favorecer um grupo de super-ricos que domina o poder financeiro e determina quanto é a taxa de juros, para ganhar ainda mais, enriquecer ainda mais com suas aplicações, com seus negócios. Mas, dessa forma, atrapalham o governo de fazer investimento público, de investir em políticas públicas para a sociedade, moradia, transporte, educação, ciência e tecnologia, e uma série de outras coisas que também fazem parte da nossa pauta de reivindicações”, explicou Neiva Ribeiro. “É muito importante que a sociedade saiba que os bancários não estão preocupados só com a questão corporativa, mas também questione esses juros altos, que contribui para o endividamento das famílias, impedem o empreendedorismo”, disse Neiva.

 

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