
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) solicitou uma audiência com o Bradesco, para obter explicações sobre o vídeo em que seu diretor-presidente, Octavio de Lazari Junior, elogia o Exército Brasileiro. Na mensagem, que veio a público no último sábado (4), o executivo conta que no quartel se apresentava como “soldado 939 Lazari”, que aprendeu que “missão dada é missão cumprida” e que “o soldado Lazari continua de prontidão”.
O pronunciamento faz referências ao banco como “um dos maiores do mundo”, com “90 mil funcionários”, e o vídeo traz a logomarca do Bradesco na abertura e no encerramento, o que lhe dá características de peça institucional. O CEO diz ainda que no Exército reforçou valores e que “esses princípios foram fundamentais para que eu pudesse construir minha carreira”.
O pronunciamento de Octavio de Lazari Junior causou estranheza e indignação ao movimento sindical, pois o presidente capitão do Exército Jair Bolsonaro ataca insistentemente o sistema eleitoral, o Poder Judiciário, a imprensa, as entidades sindicais, as universidades e os movimentos sociais. A fala de Lazari, portanto, pode ser entendida como um apoio do Bradesco a esses ataques à democracia.
Na audiência com o Bradesco, a Contraf-CUT debaterá em especial se o CEO falou em nome da entidade e qual o posicionamento do banco sobre a democracia, pois essas informações interessam a seus mais de 90 mil trabalhadores e a seus clientes, bem como a toda a sociedade brasileira, pois uma instituição financeira é uma concessão pública. Trata-se de uma regra fundamental do estado de direito, e democracia exige o pleno respeito às regras.
Durante a ditadura militar, de 1964 a 1985, quando a Constituição em vigor foi rasgada, os sindicatos – inclusive vários da categoria bancária – sofreram intervenções, muitos de seus dirigentes foram perseguidos, presos, torturados e até mortos por forças da repressão. Os direitos trabalhistas não eram respeitados e muitas conquistas foram retiradas. Hoje, o que se vê do governo Bolsonaro é um esforço para que o país volte a essa página infeliz da história, com o desmantelamento do patrimônio nacional, a venda de bancos e empresas públicas, a desvalorização dos acordos trabalhistas, altos índices de inflação e desemprego. O movimento sindical, portanto, defende incondicionalmente a democracia, por se tratar de um valor fundamental e inegociável, pois somente com ele a classe trabalhadora pode se mobilizar para defender os seus direitos.

Governo instala comitê do Plano Nacional de Cuidados “Brasil que Cuida”

Super Caixa: movimento sindical lança campanha Vendeu/Recebeu

Estudo da USP revela que alta de juros aumenta mais o desemprego entre homens negros

Santander divulga agenda de expediente de fim de ano para os empregados

Campanha de Sindicalização: Bancário do Mercantil é o contemplado com voucher-viagem de R$ 10 mil da Fetec-CUT/SP

Hoje é o último dia para participar da Campanha Natal Solidário: sua doação ainda pode transformar vidas

Super Caixa: empregados criticam programa de premiação do banco

Cassi: BB apresenta proposta de antecipação de valores aquém das necessidades da caixa de assistência

Senado avança em PEC que reduz jornada de trabalho para 36 horas semanais
Institucional
Diretoria
História
Conteúdo
Acordos coletivos
Galeria
Notícias