
Está prevista para o dia 29 de abril a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Caixa Seguridade. Estimativas do mercado apontam que a operação pode resultar em cerca de R$ 5 bilhões.
Somente em 2020, a Caixa Seguridade registrou lucro líquido recorrente de R$ 1,8 bilhão, crescimento de 5,2% em comparação com 2019, de acordo com dados do balanço do segmento. No quarto trimestre, o faturamento alcançou R$ 12,6 bilhões, aumento de 33,2% frente ao mesmo período de 2019, superando o resultado do terceiro trimestre e registrando novo recorde.
Ou seja, o lucro de menos de três anos da Caixa Seguridade equivale ao valor que o governo Bolsonaro pretende adquirir com a venda destas operações. E assim segue a dilapidação do patrimônio público da Caixa, acumulado por mais de um século.
No caso da Caixa, os últimos balanços já mostram este movimento. Em 2019, do lucro de R$ 21,1 bi, R$ 15,5 bi foram resultados de venda de ativos como ações do banco Pan, Petrobras, BB, IRB e novos acordos comerciais com empresas privadas na área de seguros.
Em 2020, dos R$ 13,1 bi, R$ 5,9 foram resultados de equivalência patrimonial da Caixa Seguridade, consequência das novas parcerias com empresas privadas.
Agora o banco acaba de vender toda sua participação do Banco Pan para o BTG Pactual, e tentará pela terceira vez, realizar o IPO da Caixa Seguridade - a primeira foi em 2015.
A representante dos empregados da Caixa no Conselho de Administração da Caixa, Rita Serrano, denuncia, em artigo, que existem também projetos idênticos para a venda ao capital privado das operações de cartões, fundos de investimentos, loterias e a criação de outra instituição financeira, chamada de Banco digital.
“Cabe ressaltar que os recursos advindos da venda de ações não serão usados para investimentos ou para ajudar o País a superar a grave crise sanitária e econômica em que se encontra. Pelo contrário: serão revertidos em transferências para o Tesouro, que usará para pagar juros da dívida pública”, ressalta Rita Serrano.
A intenção do governo é se desfazer do máximo das empresas públicas a preço de banana, se valendo inclusive deste momento atual, em que os ativos estão desvalorizados e as mobilizações limitadas pela pandemia.
A venda direta de empresas públicas tem de passar pelo crivo do Congresso Nacional. Este impedimento está levando o governo a usar deste subterfúgio que é a venda de ativos rentáveis, como a Caixa Seguridade, resultando na dilapidação gradual e sucessiva da empresa pública.
Soma-se a este processo paulatino de enfraquecimento do banco público o assédio moral que os empregados, tanto da Caixa quanto do Banco do Brasil, estão sofrendo para vender ações da Caixa Seguridade, tornando-os participantes do processo de dilapidação da Caixa.
Diante da extinção do patrimônio público, o Sindicato dos Bancários de Araraquara, ao lado de outras entidades representativas dos empregados, está na resistência, por meio do diálogo com os parlamentares e demais autoridades.
O movimento sindical está inclusive estudando questionamentos jurídicos contra o absurdo que é a venda da Caixa Seguridade por um valor extremamente questionável e que pode levar a quem adquirir ações a comprar gato por lebre, porque esta operação, que parece ser fruto de rapinagem, pode ser questionada futuramente.

Justiça indefere pedido do Santander contra decisão da Previc sobre retirada de patrocínio

Super Caixa: Ainda dá tempo de assinar o abaixo-assinado da campanha Vendeu/Recebeu

Movimento sindical bancário mantém vigilância sobre pautas estratégicas durante o recesso do Congresso

Sindicato realiza entrega das doações da Campanha Natal Solidário e reforça compromisso com a solidariedade

O caminho do dinheiro: entenda quem se beneficia com o não pagamento das comissões pela venda de produtos na Caixa

CEE cobra mudanças no Super Caixa

Aposentados bancários e de diversas categorias da CUT participaram da 6ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, em Brasília

COE Santander cobra transparência sobre a reorganização do varejo e respeito à representação sindical

Salário mínimo terá quarto aumento real seguido após superar fase 'menor abandonado'
Institucional
Diretoria
História
Conteúdo
Acordos coletivos
Galeria
Notícias