Campanha dos Bancários 2022: entenda e faça parte da mobilização!
Para entender melhor como funciona a nossa Campanha, preparamos um “Perguntas e Respostas” com as principais dúvidas dos bancários. Confira o que está em jogo!
Data: 06/06/2022 às 15:58
Fonte: Seeb Araraquara, com informações de Seeb SP

2022 é um ano muito importante para a categoria bancária! É ano de Campanha Nacional Unificada dos Bancários, quando renovaremos a nossa Convenção Coletiva de Trabalho, na qual estão clausulados todos os nossos direitos, e negociaremos o reajuste da categoria. Tudo válido para todo o país e para empregados de todos os bancos, públicos e privados.

Juntos somos mais fortes!

O período de Campanha Nacional Unificada é um dos mais desafiadores para nós, mas é também quando demonstramos o quanto são fortes a nossa organização, unidade e poder de mobilização e negociação.

Construção da Campanha já começou

A Campanha Nacional Unificada dos Bancários 2022 começa com uma grande consulta aos bancários e bancárias de todo o Brasil, concluída no último dia 03 de junho, na qual os trabalhadores indicam as suas prioridades.

A partir daí serão realizadas assembleias em todos os sindicatos, para empregados de bancos públicos e privados; e a nossa Conferência Nacional; nas quais será construída de forma coletiva e democrática a pauta de reivindicações da categoria, que será entregue à Fenaban (federação dos bancos).

Entregue a pauta de reivindicações, inicia-se a fase de negociações com os banqueiros, que apresentarão suas propostas aos trabalhadores, que por sua vez, novamente de forma coletiva e democrática, decidirão se aceitam ou rejeitam as mesmas.

O que está em jogo?

Com a inflação alta, os bancos podem se aproveitar para impor reajustes rebaixados e cortar nossas conquistas. Por isso, o que fará a diferença será a participação de todas e todos!

Em 31 de agosto, a CCT das bancárias e dos bancários perde a validade. Com isso, tudo que está previsto nela também deixa de valer. Isto porque, desde a reforma, deixou de existir o princípio da ultratividade, que assegurava os direitos até a assinatura de um novo acordo. Temos que negociar uma nova CCT justa, até 31 de agosto, para não correr risco de perder nossas conquistas!

O que é o Comando Nacional dos Bancários?

O Comando Nacional dos Bancários é a reunião de dirigentes sindicais bancários de todo o país e de todos os bancos. O Comando Nacional dos Bancários é responsável por negociar com a Fenaban (federação dos bancos). A categoria bancária é a única do Brasil que possui uma única Convenção Coletiva de Trabalho, válida para todo o país e todos os bancos. Esta unidade é uma grande conquista, que fortalece nossa mobilização e poder de negociação.

O que é aumento real? 

Aumento real significa reajuste acima da inflação, mensurada pelo INPC no período entre a data base da categoria do ano anterior e a véspera da data base do ano corrente (INPC + percentual de aumento real).

O aumento real incide também em direitos como auxílio creche ou vale-refeição?

Se acordado com a Fenaban, o aumento real (INPC + percentual de aumento real) pode incidir, além de sobre os salários, em todas as demais verbas como vale-alimentação, vale-refeição, auxílio-creche/babá, 13ª cesta-alimentação, 13º salário, etc.

Porque não usamos o nome campanha salarial dos bancários?

Porque a mobilização é muito mais abrangente do que a reivindicação por aumento salarial, e inclui reivindicações por melhorias nas condições de trabalho e no ambiente de trabalho dos bancos, como as relacionadas com saúde e igualdade de oportunidades, por exemplo. O termo usado é Campanha Nacional Unificada.

É nacional porque engloba a categoria bancária do país inteiro. Os bancários são uma das únicas categorias no país com uma Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) válida para todo o Brasil.

É unificada porque é feita com trabalhadores de bancos privados e de bancos públicos, como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Ou seja, o que é negociado com a Fenaban vale tanto para bancários de instituições privadas quanto para bancários de instituições financeiras públicas.

Nas mesas, os representantes dos bancários (Comando Nacional dos Bancários) não reivindicam apenas reajuste salarial, mas também a ampliação de direitos. E foi isso que possibilitou à categoria conquistar tantos direitos nas últimas décadas, como PLR (Participação nos Lucros e Resultados), vale-alimentação, auxílio-creche/babá, folga assiduidade, licença-maternidade de 180 dias, licença-paternidade de 20 dias, instrumento de combate ao assédio moral e muitos outros. 

Banco do Brasil e Caixa têm reivindicações específicas?

Sim. Além das reivindicações levadas à Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), os bancários do BB e da Caixa têm reivindicações específicas. Essas pautas específicas são negociadas pelos representantes dos trabalhadores desses bancos diretamente com as respectivas diretorias das instituições financeiras. Assim, na Campanha Nacional Unificada, além das mesas de negociação com a Fenaban, que resultam na renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), também são realizadas mesas com as direções do BB e da Caixa, que resultam na renovação de seus respectivos Acordos Coletivos de Trabalho (ACT) aditivos à CCT.

O que é Fenaban?

Fenaban é a sigla para Federação Nacional dos Bancos, trata-se do sindicato patronal, que representa os bancos na mesa de negociação com os representantes dos trabalhadores. Na Fenaban estão representados os maiores bancos privados que atuam no país - Itaú, Bradesco e Santander - e também os bancos públicos, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.

Como é construída a pauta de reivindicações da categoria?

A pauta é construída coletivamente, por meio de consulta à categoria em todo o país, na qual bancários são convidados a apontar suas prioridades, e também por meio de debates em encontros por bancos, conferências estaduais e na Conferência Nacional dos Bancários, onde a pauta é aprovada.

Como é feita a negociação entre bancários e a Fenaban?

A negociação tem início com a entrega da pauta de reivindicações dos bancários aos bancos, que também são representados por seu sindicato: a Fenaban (federação dos bancos).

A partir daí, são marcadas mesas de negociação para que a pauta seja debatida e sejam apresentadas propostas pela Fenaban.

Os bancários levam essas propostas às assembleias. Cada sindicato leva à sua base, orientando pela sua aprovação ou não, e os trabalhadores decidem democraticamente se as aceitam. Se aprovada a proposta, bancários e Fenaban assinam uma nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

Quem representa os bancários nas mesas de negociação com a Fenaban?

A mesa de negociação com a Fenaban (federação dos bancos) é o fórum onde trabalhadores e empregadores (banqueiros) discutem as reivindicações apresentadas pelos bancários, a fim de renovar a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários.

Nessas mesas, ou rodadas de negociação, os bancários apresentam suas demandas e a Fenaban, por sua vez, apresenta suas propostas.

Os trabalhadores são representados pelo Comando Nacional dos Bancários, que é constituído por dirigentes de entidades representativas da categoria como sindicatos, federações (como a Federação dos Bancários de São Paulo, Fetec-SP/CUT), a Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro). As entidades do Comando também são filiadas a diversas centrais sindicais, como a CUT (Central Única dos Trabalhadores), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) e Intersindical.

Os bancos são representados por seu sindicato, que é a Federação Nacional dos Bancos - Fenaban.

Posso participar de uma assembleia?

Sim. Na verdade, deve! Todo bancário, sindicalizado ou não, pode e deve participar. Nas assembleias da Campanha Nacional Unificada são discutidas todas as etapas da luta dos bancários. Além disso, é lá que se organiza, de forma democrática, como os trabalhadores vão se mobilizar e fortalecer a luta. Além disso, é nas assembleias que os bancários deliberam sobre as propostas da Fenaban (federação dos bancos).

O que é greve?

A greve é o último recurso que os trabalhadores têm para reivindicar direitos, e ocorre quando a negociação entre representantes dos empregados e dos patrões não surte resultado satisfatório. 

A Constituição Federal, em seu artigo 9º, e a Lei nº 7.783/89 asseguram o direito de greve a todo trabalhador. Para ser considerada legítima, a greve deve ser decidida de forma democrática, em uma assembleia formada por trabalhadores de determinada base sindical, e informada previamente em veículos de imprensa.

Todo ano tem greve dos bancários? Vai ter em 2022?

É impossível prever se haverá greve dos bancários em 2022. Tudo dependerá das negociações entre a Fenaban (federação dos bancos) e o Comando Nacional dos Bancários. Se uma proposta satisfatória for apresentada pelos bancos na mesa de negociação, ela será levada para votação em assembleia. Caso essa proposta seja aprovada pelos trabalhadores, a greve será evitada. Do contrário, a greve será necessá

Quando os bancários fazem paralisação ou greve?

Os bancários fazem paralisações específicas em determinados locais de trabalho quando direitos dos trabalhadores dessas unidades são desrespeitados ou o local não oferece condições de trabalho adequadas para o exercício das atividades laborais. Também são feitas paralisações mais amplas em determinados bancos quando estas instituições desrespeitam direitos da categoria ou promovem demissões em massa. Muitas vezes são chamadas de Dia Nacional de Luta.

As greves, referendadas em assembleias, são convocadas quando as negociações com a Fenaban chegam a um impasse. A greve é um instrumento de luta dos bancários para a conquista de uma remuneração justa, compatível também com os altos lucros dos bancos; para garantia de condições de trabalho adequadas; para manutenção e avanço nos direitos da categoria.

A categoria bancária também participa de paralisações ou greves convocadas pelas centrais sindicais em defesa dos direitos dos trabalhadores, direitos sociais e da democracia, as chamadas greves gerais.

Afinal, quem entra em greve: bancos ou bancários?

A resposta certa é os bancários. Por uma razão bem simples, como dissemos acima, a greve é o último recurso do trabalhador quando uma negociação não resulta em acordo entre empregados e empregadores.

O que é interdito proibitório?

Interdito proibitório (art 567 CPC) é um instrumento jurídico, previsto no Código Civil, que tem como princípio a manutenção de posse e propriedade. Mas é utilizado pelos bancos de forma desvirtuada, para proibir manifestações e impedir que trabalhadores exercitem seu direito legítimo e constitucional de aderir à greve.

Os interditos prevêem multas que podem chegar a valores de até R$ 1 milhão, em caso de descumprimento. Alguns proíbem a aproximação do Sindicato num raio de 200 metros dos locais de trabalho e outros prevêem até a apreensão de objetos e pessoas que estejam em frente aos bancos, admitindo para isso o uso de força policial.

O que é ultratividade?

Ultratividade é um princípio jurídico que garante a validade de um acordo coletivo de trabalho até que outro seja firmado. A reforma trabalhista que entrou em vigor em 2017 acabou com a ultratividade. Assim, os acordos coletivos e convenções coletivas que não forem renovados até as datas de sua validade perdem a vigência. O fim da ultratividade coloca em risco os direitos previstos em Convenção Coletiva de Trabalho dos Bancários, uma vez que a CCT tem validade até 31 de agosto de 2022. É preciso, portanto, que um novo acordo entre bancários e bancos seja firmado até lá. E para isso, mais do que nunca, é necessário a união e mobilização da categoria.

O que é abono?

Abono salarial é também conhecido como bônus. É um valor em dinheiro oferecido pelos patrões em campanhas salariais. Mas, diferentemente dos reajustes, o abono não é incorporado aos salários e demais verbas, como férias, 13º salário. Trata-se, portanto, de uma cota paga de uma única vez, que não resulta em aumentos nos valores de salário, FGTS, aposentadoria, 13º salário, férias ou outras verbas como vale-refeição, vale-alimentação, auxílio creche, etc. Além disso, sobre o abono incidem descontos do Imposto de Renda e do INSS.

O que é dissídio coletivo?

O dissídio coletivo é quando as negociações entre trabalhadores e empresas chegam a um impasse, o que pode ocorrer durante uma greve ou mesmo antes, e as negociações não são mais capazes de solucioná-lo. O dissídio não costuma ser uma boa alternativa para os trabalhadores, uma vez que ele retira a sua força de negociação e o poder de greve.

O que é acordo coletivo, ACT ou CCT?

O Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) é o documento acordado entre os trabalhadores e as empresas e estabelece as regras na relação trabalhista entre as partes. Na categoria bancária é chamado de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

A CCT dos bancários é nacional. Ou seja, vale para todos os bancários do país, de qualquer cidade e de qualquer banco. Algumas pessoas chamam a CCT erroneamente de dissídio. 

Qual foi o desfecho da última Campanha Nacional dos Bancários?

A última Campanha Nacional dos Bancários foi realizada em 2020, em plena pandemia, o que obrigou o Sindicato a se reinventar e utilizar fortemente a tecnologia na mobilização da categoria. Os bancários conquistaram um acordo com validade de dois anos com a manutenção de todos os direitos da categoria.

Você é personagem principal nesta mobilização!

O Sindicato é feito por todos os bancários e bancárias! Para pressionar os bancos e avançar nas nossas reivindicações, a sua participação é determinante. Acompanhe nossa mobilização pelo site e pelas redes sociais, participe das atividades do Sindicato e converse com seus colegas sobre a Campanha Nacional.

Juntos, vamos vencer mais uma vez!

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