Os preços dos alimentos que compõem a cesta básica do brasileiro continuam em alta fazendo com que os trabalhadores e trabalhadoras precisem gastar mais para comprar os produtos necessários para o seu dia a dia e ter uma alimentação minimamente decente.
A pesquisa sobre preços da cesta básica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgada na terça-feira (6) mostra que em novembro, em 12 das 17 capitais pesquisadas, houve aumento.
Entre outubro e novembro deste ano, as altas mais expressivas ocorreram em Belo Horizonte (4,68%), Florianópolis (2,96%), São Paulo (2,69%) e Goiânia (2,03%). Já as reduções ocorreram em algumas cidades do Norte e do Nordeste: Salvador (-2,12%), João Pessoa (-1,28%), Recife (-1,27%), Natal (-1,12%) e Aracaju (-0,69%).
A capital de São Paulo tem a cesta mais cara e está custando R$ 782,68. Em segundo vem Porto Alegre (R$ 781,52) e Florianópolis (R$ 776,14). As cestas básicas mais baratas estão no Nordeste, mas alguns dos produtos que a compõem são diferentes das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e, inclusive o Norte, respeitando as diferenças de alimentação de casa região.
As cestas mais baratas nas capitais nordestinas são respectivamente: Aracaju (R$ 511,97), Salvador (R$ 550,67) e Recife (R$ 551,30).
Os alimentos que mais oscilaram de preços foram a batata e o tomate e o que tiveram maior retração foram leite integral e o café. Confira abaixo a oscilação nos preços desses produtos.
Salário mínimo necessário
O Dieese aponta que para comprar uma cesta básica e pagar as contas mais básicas como transporte, água, luz e aluguel, o trabalhador precisaria ganhar em novembro, um salário mínimo de R$ 6.575,30 - 5,43 vezes o valor do atual de R$ 1.212.
Após desconto de 7,5%, referente à Previdência Social, o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em média, 59,47% do rendimento para adquirir os produtos da cesta e ainda precisou trabalhar um tempo médio necessário de 121 horas e 02 minutos.
Alimentos que mais pesaram no valor da cesta básica
Em novembro, o preço da batata aumentou em nove das 10 cidades da região Centro-Sul, onde o tubérculo é pesquisado. As altas mais expressivas foram registradas em Belo Horizonte (16,75%), Florianópolis (13,97%), São Paulo (13,13%) e Porto Alegre (11,92%). Em 12 meses, todas as cidades apresentaram taxas positivas, com destaque para Belo Horizonte (55,41%), São Paulo (44,11%) e Florianópolis (35,40%).
O preço do tomate aumentou em 13 das 17 capitais, com taxas que oscilaram entre 3,85%, em Natal, e 27,86%, em Belo Horizonte. Houve diminuição de preço em algumas cidades do Nordeste, como Aracaju (-7,96%), Salvador (-3,85%), João Pessoa (-2,28%) e Recife (-0,94%). Em 12 meses, 14 cidades tiveram redução do preço do fruto, com destaque para Natal (-33,93%), Fortaleza (-29,45%) e Aracaju (-29,04%).
O preço do leite integral diminuiu em todas as capitais. As reduções oscilaram entre -9,94%, em Natal, e -0,34%, em Campo Grande. Em 12 meses, o valor médio do leite acumulou alta em todas as cidades, com taxas entre 24,42%, em Belém, e 43,25%, em Recife.
A cotação do café em pó diminuiu em 15 das 17 cidades. As quedas oscilaram entre -1,84%, em Porto Alegre, e -0,16%, em Campo Grande. Em Natal (0,20%) e Belém (0,28%), houve elevação nos preços. Em 12 meses, o valor do produto subiu em todas as capitais, com destaque para Recife (51,07%) e São Paulo (40,13%).
Comparação anual do preço da cesta básica
A comparação dos valores da cesta, entre novembro de 2022 e novembro de 2021, mostrou que todas as capitais tiveram alta de preço, com variações que oscilaram entre 5,06%, em Recife, e 16,54%, em Belo Horizonte. Em 2022, o custo da cesta básica apresentou elevação em todas as cidades, com destaque para as variações acumuladas em Goiânia (15,45%), Campo Grande (15,15%), Brasília (14,58%), Belo Horizonte (14,58%) e Porto Alegre (14,44%). Em Recife, foi registrada a menor variação, de 3,56%.
> Confira aqui a integra da pesquisa da cesta básica de novembro/2022
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