Dos cerca de 50 milhões de jovens brasileiros com idade de 15 a 29 anos, cerca de metade está desempregada. Na média do país, a taxa dos nem-nem (nem trabalha e nem estuda) cresceu de 23,66% no último trimestre de 2019 para 29,33% no segundo trimestre do ano passado – recorde histórico, de acordo com estudo elaborado pelo Centro de Políticas Sociais da FGV Social, braço da Fundação Getúlio Vargas – depois retrocedendo a 25,52% de outubro a dezembro de 2020.
O estudo, feito entre o primeiro e o terceiro trimestres de 2020, revelou que o ganho médio de adolescentes inseridos no mercado de trabalho com idade entre 15 e 19 anos caiu 34% em relação ao ano anterior. A faixa etária dos 20 aos 24 anos teve queda de 25% e, entre 25 a 29 anos, uma perda de 22%.
Os mais novos foram os mais afetados pelo desemprego desde o início da pandemia do coronavírus: a taxa foi de 31% para jovens adultos e chegou a 53% entre adolescentes. O percentual relacionado à força de trabalho em geral é de 17%.
No setor informal, que abriga 80% dos jovens trabalhadores no mundo, o impacto também foi sentido. Ao todo, o número de jovens que não têm emprego, educação ou treinamento, já somava 21% no início do ano passado e é provável que aumente em 2021, segundo o documento do Fórum Econômico Mundial “Global Risks Report 2021” (“Relatório de riscos globais de 2021”).
Neste cenário preocupante e desafiador, 532 pessoas de 72 países e 162 sindicatos filiados a UNI Global Union participaram do Fórum Mundial de Juventude, realizado virtualmente na quinta-feira (3) e sexta-feira, 4 de junho.
“Com o nome Jovenes de Pie – Youth Rise Up, o fórum debateu questões importantes para a juventude trabalhadora de todo o mundo nos diversos painéis temáticos apresentados, dentre eles sobre direitos humanos, sindicalização e a insegurança no mercado de trabalho, com aumento dos trabalhos informais”, disse Lucimara Malaquias, presidenta da UNI Américas Juventude e Coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander.
Karen Souza, dirigente sindical e bancária do Bradesco, ressaltou que o fórum contribuiu para a organização contra os ataques e retrocessos que a classe trabalhadora vem enfrentando.
“A realização do fórum permite que os sindicatos filiados à Uni Global, sediada na Suíça, troquem experiências e tirem direcionamentos para ações a serem tomadas em defesa dos empregos e dos trabalhadores”, explicou.
O Fórum aprovou um plano de lutas para os próximos quatros anos e os comitês regionais deverão debater novas propostas e estratégias em breve.
A UNI Global Union representa mais de 20 milhões de trabalhadores em mais de 150 países e tem forte presença e atuação sindical no setor de serviços
Organizada em regiões e setores, busca contribuir para o fortalecimento internacional de categorias profissionais e de debates relevantes aos trabalhadores, dentre eles, o da Juventude.
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