Novebro é o mês da Consciência Negra, de luta, de celebração e de reflexão.
A data, não apenas honra a memória de Zumbi dos Palmares, mas também reforça nosso comprometimento a enfrentar as persistências históricas de desigualdade que ainda permeiam a sociedade.
O mês de novembro vem como um chamado para a conscientização da importância do debate racial em nosso país. Os impactos dos programas sociais sobre a parcela mais vulnerável da sociedade, a busca por equidade no mercado de trabalho, nas universidades, no bem-estar e toda e qualquer forma de convívio social, as quais devem ser pensadas e desenvolvidas em todos os dias do ano.
É válido, ainda, relembrar que no setor financeiro há um déficit de negros e pardos ocupando cargos de chefia, nos principais postos dos bancos, além da desigualdade salarial para quem é negro retinto. E, mesmo o assunto sendo pauta na mesa de igualdade de oportunidades, a categoria bancária enfrenta essas questões não somente no mês da Consciência Negra, mas durante o ano todo. Sabemos que ainda há muito o que avançar, mas não podemos desistir ou abrir mão dessa luta.
Dados divulgados durante o VIII Fórum Nacional pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro, realizado no início de novembro em Porto Alegre, de um total de aproximadamente 450 mil trabalhadores e trabalhadoras bancários, os negros ocupavam apenas 110 mil vagas. Em 2021, pretos e pardos representavam 20,3% da totalidade das ocupações relacionadas aos cargos de liderança na categoria bancária, enquanto que os brancos representavam 75,5% destes cargos.
A situação dos jovens negros no sistema financeiro também preocupa. A juventude com até 29 anos, representava apenas 17,8% em sua totalidade. Dentre estes, apenas 31,6% eram negros e em maior número entre 18 e 24 anos. Isso mostra que a desigualdade salarial entre raças ainda persiste nos bancos e tem reflexo diretamente na vida dos jovens negros e pardos.
Ainda há muito que avançar e não se pode abrir a guarda. É preciso debater e enfrentar com seriedade os problemas sociais. Entender que o racismo estrutural existe e deve ser combatido. Enfim, muito ainda há de se avançar não só na categoria bancária como nos demais setores e os bancos devem assumir a responsabilidade social por emprego, distribuição de renda, desenvolvimento social e ambiental. Não basta apenas contratar atores negros para suas propagandas sem manter em seus quadros representantes da parcela da sociedade à qual tentam atingir. É preciso dar e oferecer condições de ascensão profissional.
Emprego bancário segue em queda no primeiro trimestre de 2025, aponta Novo Caged
Justiça acata parcialmente ação da Contraf-CUT contra a Cassi e determina regras para cobrança de contribuições
Santander antecipa 1ª parcela do 13º apenas para empregados admitidos até dezembro de 2024
Coletivo Nacional de Saúde debate mudanças na NR-1 e junta médica
Consulta pública do Banco Central sobre regulação de fintechs termina em 31 de maio
Caixa aprova incorporação de participantes do REB ao Novo Plano
Nova Tabela PIP é aprovada após anos de reivindicação do movimento sindical
Governo Lula estuda maneira de amenizar 'porta giratória'
Bancários fortalecem luta por direitos com eleição no Conade
Institucional
Diretoria
História
Conteúdo
Acordos coletivos
Galeria
Notícias