Prática de sprints continua e piora adoecimento mental dos empregados da Caixa
SEVs têm promovido dias específicos de venda de produtos, os chamados “sprints”, mas com nomes diferentes, apesar da proibição da própria Vired. Trabalhadores podem somar na luta contra o adoecimento bancário denunciando tais práticas
Data: 23/10/2023 às 11:39
Fonte: Apcef/SP, com edição de Seeb Araraquara

Para que os empregados da Caixa parem de adoecer por conta do trabalho, velhos hábitos precisam mudar. 

Muitas SEVs têm promovido dias específicos de venda de produtos, os chamados “sprints”, mas com nomes diferentes, apesar da proibição da própria Vired. 

“Se os gestores não conhecem outros métodos para fazer o trabalho, necessitam aprender. A Caixa por sua vez precisa rever suas práticas para além de proibir isto ou aquilo. Precisa treinar os gestores para o modelo humano que deseja implementar, descentralizar a área de pessoas, modificar radicalmente os modelos de gestão de objetivos ao invés de recriar coisas tão parecidas com as do passado, e rever o conceito de meta. Acreditamos que é possível sim a gestão humanizada e confiamos na intenção, mas ainda não é possível enxergá-la no dia a dia das unidades”, explica Vivian Sá, diretora da Apcef/SP.

A pressão gerada por tais práticas é a principal causadora de uma verdadeira epidemia de adoecimento entre os empregados. 

Apenas entre 2019 a 2022, houve crescimento de 18,28% de afastamentos por acidente de trabalho na Caixa. Destes afastamentos, em 2022, 75,4% foram por doenças mentais, índice superior à média da categoria bancária (57,1%) e muito superior à média na sociedade em geral (6,7%).

Somando afastamento por acidente de trabalho e tratamento de saúde, houve 3.703 casos notificados em 2022. Os dados são preocupantes, mas não refletem o quão grave é a situação: como esses são dados de afastamentos e licenças concedidas pelo INSS, os números excluem as licenças inferiores a 15 dias, além de excluir o absenteísmo (quando o empregado tem atestado mas não o apresenta à empresa, por medo de eventuais represálias) e as situações em que o empregado, mesmo doente, sequer busca ajuda.

“Os adoecimentos causam impactos maiores do que se imagina, eles afetam as famílias dos empregados, o Saúde Caixa e o atendimento à população, todos saem perdendo. Essa é uma pauta urgente”, ressaltou Vivian.

Os trabalhadores podem entrar nessa luta denunciando tais práticas ao Sindicato pelo WhastApp (16) 98115-6150 ou diretamente a um dirigente em visita permanente às agências da base. A segurança e sigilo das informações são garantidos.

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