Precarização da segurança coloca em risco integridade de bancários
Casos de violência em agências refletem a redução de recursos para segurança e novas contratações
Data: 04/02/2022 às 17:15
Fonte: Contraf-CUT

Na última terça-feira, 1º de fevereiro, um bancário da agência central do Banco do Brasil da cidade de Uberaba (MG) foi agredido a golpes de capacete. Antes de partir para cima do trabalhador bancário, o autor do crime tentou quebrar equipamentos da agência, motivado pela demora no atendimento e queda do sistema.

Casos de violência como este estão se tornando recorrentes em agências bancárias de todo o país. A queda no nível de segurança tem acontecido porque, já há algum tempo, de forma irresponsável, os bancos estão tomando a iniciativa unilateral de reduzir os gastos neste setor, alegando altos custos, por exemplo, na manutenção de portas giratórias e de vigilantes, mesmo constatado que as instituições continuam obtendo alta lucratividade.

O movimento sindical tem feito alertas constantes à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), nas mesas de negociações, contra o enxugamento de gastos na segurança de unidades e agências. A vida vem em primeiro lugar!

Mudança do perfil

Transformação de agências em unidades de negócios, sem portas giratórias; manutenção de equipamentos obsoletos e redução no número de funcionários, são alguns dos fatores apontados pelos sindicatos como responsáveis pelo aumento da insegurança no ambiente de trabalho dos bancários.

A transformação de agências nas chamadas ‘unidades de negócios’, em especial, sem atendimento de caixa, portas de segurança e vigilantes, é um movimento acelerado por vários bancos nos últimos dois anos. Eles alegam que, nas unidades de negócios, não existe a necessidade de estrutura de segurança, porque não há a circulação de dinheiro. Mas, existem caixas eletrônicos e os funcionários continuam tendo que manipular valores para atender clientes que passam nesses locais. Inclusive, além das agressões que ocorrem nas áreas dos caixas eletrônicos das agências comuns, há relatos de agressões cometidas contra os funcionários de unidades de negócios.

Tempo de espera

Os registros de filas enormes nos atendimentos refletem também a administração do desmonte nos bancos públicos.

A contratação de mais pessoas está na pauta de reivindicações das entidades representativas para evitar acontecimentos como estes de Uberaba (MG). Com menos funcionários, as agências ficam sobrecarregadas, demoram mais para realizar todos os atendimentos e isso causa estresse nas duas pontas, entre os funcionários e clientes. Há imagens de filas tão extensas que ultrapassam a área das agências.

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