Em recente entrevista ao falecido Flow Podcast, apresentado por Monark, o pré-candidato à Presidência Sérgio Moro (Podemos) disse que, se eleito, trabalhará para privatizar a Petrobras e outras empresas públicas.
“Isso mostra que, apesar de se apresentar contra o governo Bolsonaro – do qual fez parte, tendo ajudado a eleger quando acelerou os processos para prender Lula, desrespeitando várias regras jurídicas – o ex-juiz Moro nada mais é que um continuísta desta gestão”, pondera o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.
O atual governo, através do ministro da Economia Paulo Guedes, sinalizou diversas vezes que atua para entregar todo o sistema estatal, incluindo a Petrobras e o Banco do Brasil, à iniciativa privada. “Algumas vendas importantes já foram concluídas nesta gestão, entre elas a da TAG, empresa que foi da Petrobras e que é responsável pelo maior sistema de gasodutos do país, e da BR Distribuidora. A TAG foi vendida por R$ 36 bilhões e, hoje, a Petrobras precisa pagar R$ 3 bilhões por ano para alugar complexo que já foi dela. Já a BR, consolidada como maior distribuidora de combustíveis e lubrificantes do país, foi vendida por apenas R$ 11,3 bilhões. Isso é um absurdo!”, lamenta Fukunaga.
No caso de Moro, além de se posicionar favorável ao desmonte de empresas públicas que são decisivas à economia do país, durante sua entrevista ao Flow, ele demonstrou falta de conhecimento estratégico sobre energia, dizendo que a estatização no setor de petróleo e gás é “uma discussão da década de 90”, e que o Estado não precisa estar no setor de gás e petróleo porque o setor privado já exerce atividades nele.
“O pensamento de Moro está na contramão do que acontece no mundo inteiro”, ressalta o coordenador da CEBB, lembrando que o TNI (Transnational Institute), centro de estudos em democracia e sustentabilidade sediado na Holanda, aponta que, desde o início dos anos 2000, centenas de empresas, de diversas áreas, foram reestatizadas, inclusive nos países mais ricos.
“Moro não liga a mínima para a segurança energética do Brasil. Se tivesse consciência do papel do Estado, saberia que as maiores petroleiras e jazidas do mundo estão nas mãos dos países, como a Saudi Aramco (Arábia Saudita), a NIOC (Irã), a CNPC (China), a PDVSA (Venezuela) e a Statoil (Noruega)”, completa.
Em relação ao Banco do Brasil, Fukunaga destacou que existe também uma profunda preocupação com o discurso de privatização de Moro. “No setor financeiro, manter os bancos públicos significa garantir financiamento para tirar do papel obras que o setor privado cobraria muito mais caro para construir, como as de saneamento básico e moradias mais acessíveis. Os bancos públicos também são fundamentais na oferta de financiamento mais barato à agricultura familiar que hoje responde por 70% do alimento que chega às nossas mesas. Acabar com os bancos públicos é jogar o país na insegurança alimentar”, ressalta.
Pesquisas eleitorais
Levantamento realizado pelo Bastidor da Política, do cientista político Alberto Carlos de Almeida, com dados de diferentes pesquisas de intenção de voto, realizadas de julho de 2021 até a primeira semana de fevereiro de 2022, demonstra pequena variação na corrida eleitoral.
“O que se vê são linhas horizontais que variam apenas na margem de erro. Já faz sete meses que Lula tem 41% de votos, Bolsonaro tem 28%, e a soma dos demais candidatos pontua 21%. Não há variação fora da margem de erro de cada pesquisa que forma a média”, diz.
Enquanto a disputa principal está entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL), com larga vantagem do primeiro, três candidatos vêm se colocando como terceira via: Moro, Ciro Gomes (PDT) e João Doria (PSDB). Almeida ressalta que os fatores que determinarão se haverá ou não segundo turno são a melhora de desempenho dos três candidatos nanicos, o surgimento de mais algum candidato e as mudanças no cenário econômico dos próximos meses.
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