Enquanto a lucratividade cresce – alcançando a marca dos R$ R$ 17,2 bilhões somente no primeiro semestre do ano – 14,2% superior à 2022 –, o Itaú segue com seu “festival” de assédio e demissões. Denúncias recebidas pelo Sindicato dos Bancários de Araraquara retratam uma realidade bastante diferente da propagada pelo banco em suas peças publicitárias. Pressão por metas inatingíveis, sobrecarga de trabalho e demissões injustificadas somam-se à já estressante rotina dos funcionários da agência 0043, localizada na região central do município.
Para denunciar a situação desumana enfrentada pelos trabalhadores e cobrar do banco um ambiente laboral mais saudável, com condições de trabalho justas, dirigentes sindicais retardaram a abertura da agência em 1h. Cartazes também foram afixados no local denunciando o adoecimento físico e mental da categoria. O protesto chamou a atenção da população, de clientes e usuários, e ganhou destaque na mídia local.
“O Itaú começou o ano de 2023 pedindo mais respeito, mas não é a postura que tem adotado com seus funcionários. Contrataram o campeão de Fórmula 1 para dizer que estão “sempre em movimento”, e o que se vê, de fato, é a rotatividade de funcionários, consequência da manutenção de uma política nefasta que suga o trabalhador, adoece e depois descarta como se não tivesse mais utilidade”, denuncia a diretora do Sindicato e secretária de Saúde da Fetec-CUT/SP, Rosângela Lorenzetti.
A secretária geral do Sindicato, Andréia Cristina de Campos, acrescenta que os problemas denunciados são um reflexo do que vem ocorrendo em todo o país. “Quem sai amarga não ter o reconhecimento do banco por seus esforços. Muitos, inclusive, estão adoecidos e em tratamento médico em função das pressões e assédios para cumprimento de metas. Quem fica sofre pela possibilidade de ser o próximo. Os clientes e a população também são vítimas, com um atendimento cada vez mais precarizado enquanto pagam tarifas altíssimas. É uma situação que precisa urgentemente ser revista pela direção do Itaú. É inadmissível que o bancário perca o emprego e a saúde por conta de um modelo de gestão que o massacra”, ressalta.
Os protestos vão ao encontro da Campanha “Menos Metas, Mais Saúde”, colocada em prática pelo Sindicato para reforçar a importância da saúde mental e psíquica da categoria bancária. Através da iniciativa #BoraConversar, trabalhadores são convidados a compartilhar de maneira sigilosa suas experiências ou situações vivenciadas por colegas de trabalho, se já sofreu assédio moral e como isso os afetou. “Combater a pressão pelas metas é tão importante quanto lutar por salários melhores e por PLR mais justa. E a conscientização sobre os efeitos negativos da prática é o primeiro passo para garantir a saúde e o bem-estar dos trabalhadores do ramo financeiro”, explica Rosângela Lorenzetti.
"Reforçamos aos bancários e bancárias a importância de denunciarem ao Sindicato casos de assédio, pressão, demissão ou qualquer outro abuso. É muito importante que nos mantenham informados para que possamos tomar todas as medidas cabíveis em prol da preservação dos empregos, de melhores condições de trabalho e dos direitos da categoria. Adoecer pelo trabalho não é normal. A vida acima do lucro!", conclui a diretora do Sindicato.
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