
Por trás das campanhas publicitárias bilionárias dos bancos sobre respeito e humanidade, mora o adoecimento dos trabalhadores bancários. As estatísticas são assustadoras: apesar de compor 1% do emprego formal no Brasil, a categoria bancária representa 24% dos afastamentos acidentários por doenças mentais e comportamentais.
Os transtornos psicológicos e as LER/Dort são alguns dos velhos problemas conhecidos e a responsabilidade é da gestão dos bancos. Para cobrar das instituições financeiras um ambiente de trabalho mais saudável, o Sindicato dos Bancários lançou a Campanha Menos Metas, Mais Saúde com um protesto realizado nesta segunda-feira (17), na agência do Itaú localizada na região central de Araraquara
No mesmo ritmo da lucratividade, o banco fecha agências e demite funcionários, sobrecarregando aqueles que permanecem e precarizando o atendimento aos clientes, que também são explorados através de tarifas e juros abusivos. Exemplo claro de uma gestão que prioriza o lucro em detrimento da saúde dos trabalhadores. Somente na última semana, foram seis demissões no município!
Com a ação, que contou com faixas e cartazes afixados na fachada das unidades, a entidade denunciou à população a realidade enfrentada pelos bancários a bancárias, vítimas de assédio moral e da cobrança de metas cada vez mais inatingíveis pelo Gera, programa de remuneração do banco que tem tornado a vida dos trabalhadores um inferno. O Sindicato também reivindica o fim das demissões e a abertura de negociação para a realocação desses trabalhadores.
Andréia Campos, diretora do Sindicato, explica que as metas abusivas sempre foram um problema no setor e que, há anos, o Sindicato e demais entidades representativas tentam negociar os programas próprios do Itaú, a fim de diminuir as metas, e que elas sejam claras e alcançáveis. Entretanto, o banco tem passado dos limites, piorando o clima que já era de instabilidade, adoecimento e medo no ambiente de trabalho.
“Não bastassem as demissões que estão ocorrendo em todo o país, pressionar os trabalhadores desta forma é uma tortura psicológica. O compromisso de cobrar com razoabilidade já não atendia nossa reivindicação, mas nem isso o Itaú tem feito. Bom senso está bem longe das práticas de gestão que observamos no banco. A vida vale mais que o lucro e cobramos respeito aos trabalhadores", ressalta a diretora.
“E como se já não bastassem as péssimas condições de trabalho, o banco inventou uma nova modalidade para praticar o desrespeito com os funcionários que constroem seu lucro: a “demissão humanizada. Nada justifica um banco, com a lucratividade que tem, continuar eliminando postos de trabalho. Gestão humanizada, como prega o Itaú em suas publicidades, é valorizar seus trabalhadores, que são os principais responsáveis pelo seu lucro astronômico, com empregos e condições dignas de trabalho, além de contratar novos funcionários para aliviar a sobrecarga de trabalho. Isso sim é colocar em prática o discurso de respeito e humanidade”, destaca a diretora do Sindicato, Andréia Campos.
O Itaú, maior banco privado do país, não pode insistir em medidas que prejudicam os funcionários. O Sindicato vai continuar denunciando e lutando contra as práticas gananciosas dos banqueiros.

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