Desde que assumiu a presidência da República, em 2019, Jair Bolsonaro (PL), nunca ofereceu reajuste do salário mínimo acima da inflação, acabando com a política de valorização dos governos anteriores, quando o piso nacional foi reajustado quase 75% acima das perdas inflacionárias. Se no período de 2004 a 2019, tivesse sido aplicada a política do atual presidente da República, o mínimo em janeiro de 2020 teria sido de apenas R$ 599.
A perspectiva para 2023 também é ruim, já que o Ministério da Economia reduziu a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) deste ano de 7,41% para 6,54%. O INPC é usado na correção do piso nacional do salário mínimo, de benefícios previdenciários, assistenciais e de despesas como abono salarial e seguro-desemprego.
Com o recuo, o reajuste do salário mínimo pode cair em R$ 10,00. A proposta inicial do projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA), encaminhado ao Congresso Nacional para o salário mínimo do próximo ano era de R$ 1.292, com a redução deve ir para R$ 1.282 – apenas R$ 70 a mais do valor atual de R$ 1.212.
Redução da inflação não chega aos pobres
O que em tese poderia ser uma boa notícia com a redução da inflação, na verdade, para os trabalhadores e trabalhadoras que têm reajustes salariais a partir do piso nacional, não traz nenhum benefício já que o que está fazendo a inflação cair é a medida eleitoreira de reduzir os preços dos combustíveis, enquanto os preços dos alimentos continuam em alta, pesando mais no bolso do trabalhador.
A inflação dos alimentos que continua alta, penaliza os trabalhadores, em especial os de baixa renda, que sofrem com a alta de produtos básicos. Só entre 2019 e 2022, o óleo, que subiu 180%, o café (+110%) e o leite longa vida (+105%).
E uma das razões para essa alta é justamente o preço do diesel. A maior parte dos produtos comercializados no país são transportados por vias terrestres – pelos caminhões – e, por isso, os custos com o frete são repassados aos preços dos alimentos, contribuindo para a elevação dos preços.
O valor efetivo do salário mínimo em 2023 só será conhecido no fim do ano, quando o presidente Jair Bolsonaro (PL) editar a Medida Provisória (MP) com o novo piso nacional.
Itaú: Demissões por justa causa crescem e movimento sindical alerta para procedimentos incorretos
Movimento sindical expõe relação entre aumento de fintechs e precarização no setor financeiro
Quem ganha e quem perde com a redução da meta atuarial?
Dia Nacional de Luta: Sindicato intensifica mobilização em defesa do Saúde Caixa
Audiência pública no dia 3 de julho, em Araraquara, denunciará impactos da terceirização no setor financeiro
Empregados reivindicam reajuste zero do Saúde Caixa
Afubesp denuncia violência contra idosos cometida pelo Santander
Audiência Pública na Alesp denuncia desmonte promovido pelo Santander e mobiliza categoria contra terceirização e precarização
Solidariedade que aquece: Campanha do Agasalho do Sindicato dos Bancários de Araraquara reforça compromisso com a cidadania
Institucional
Diretoria
História
Conteúdo
Acordos coletivos
Galeria
Notícias