No dia 27 de julho, é celebrado o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho. A data é símbolo da luta dos trabalhadores brasileiros por melhorias nas condições de saúde e segurança no trabalho.
No início da década de 1970, a iniciativa do Banco Mundial em cortar os financiamentos para o Brasil, caso o quadro de acidentes de trabalho não fosse revertido, resultou na publicação das portarias nº 3.236 e 3.237, em 27 de julho de 1972. Segundo estimativas da época, 1,7 milhão de acidentes ocorriam anualmente e 40% dos profissionais sofriam lesões.
De acordo com a Previdência Social, acidente de trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional, permanente ou temporária, que causa a morte, a perda ou a redução da capacidade para o trabalho.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), os acidentes do trabalho são a causa da morte de dois milhões de pessoas por ano, em todo o mundo. Ainda de acordo com a Organização, esses números representam mais mortes do que as ocasionadas pelo uso de drogas e álcool juntos. Somados a esses números, são registrados em média quase 270 milhões de acidentes não fatais e 160 milhões de novos casos de doenças ocupacionais.
Pesquisas indicam que os bancários estão entre as categorias de trabalhadores que mais adoecem, tanto mental como fisicamente. Observa-se que as doenças relacionadas ao trabalho crescem proporcionalmente à lucratividade dos bancos.
“A prática de assédio moral, associada à cobrança abusiva de metas, é apontada pelos trabalhadores como a principal causa de desgaste mental e adoecimento no trabalho”, explica
Rosângela Lorenzetti, diretora do Sindicato dos Bancários de Araraquara e região e também diretora de saúde e condições de trabalho da Fetec-CUT/SP.
Terceirizados sofrem ainda mais
As causas para tantos acidentes e adoecimentos são conhecidas: precarização das condições trabalho, fragilidades das comissões de prevenção a acidentes (Cipas), não cumprimento pelos empregadores da legislação de proteção à saúde dos trabalhadores, entre tantos outros.
Estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) indica que para cada dez acidentes de trabalho, sete são com trabalhadores terceirizados. Sendo assim, a terceirização de serviços está entre as principais razões para o aumento o crescimento de adoentados.
Rosângela ressalta que os dados são um alerta muito importante para os sindicatos e para a sociedade em geral, que precisa debater cada vez mais o tema, discutir a saúde mental e física dos trabalhadores e a prevenção de doenças e acidentes laborais com medidas efetivas e, sobretudo, em conjunto com o setor patronal.
“Durante as Campanhas Nacionais da categoria bancária, a saúde sempre foi um tema prioritário e continuou sendo debatido, mas agora é hora de avançar e buscar soluções para os desafios enfrentados pelo setor. O grande número de bancários adoecidos torna essas questões ainda mais urgentes. É essencial que os bancos estabeleçam canais de comunicação efetivos com as entidades e os bancários, a fim de fornecer um acolhimento adequado, incluindo a criação de canais específicos para denúncias, definição de fluxo de apuração transparente e participação dos sindicatos”, conclui a diretora.
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