O Senado aprovou na terça-feira (3) Projeto de Lei Complementar que dá autonomia ao Banco Central (BC). A decisão pode representar prejuízo para a política econômica brasileira. A proposta desvincula os mandatos de diretores do BC do período de governo do presidente da República. Também deixa o BC fora da política de geração de empregos. A proposta segue agora para discussão na Câmara dos Deputados.
“Esse Projeto de Lei aprovado pelo Senado tira do governo a elaboração da política econômica. É o que eles sempre quiseram, isto é, o Banco Central fica ligado exclusivamente aos interesses do mercado, independente do projeto político que vença nas urnas. No projeto, ainda se reafirma o compromisso do Banco Central com a estabilidade de preços, ignorando as necessidades do povo, como a geração de empregos e o crescimento. Ou seja, será um BC ‘livre’ da sociedade, para atender somente ao mercado financeiro”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeira (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.
Para a presidenta da Contraf-CUT, o próprio desenvolvimento do Brasil está em risco com a proposta aprovada pelo Senado. “A justificativa do projeto deixa claro quais são as intenções: coibir a execução de uma política econômica que não siga a cartilha do mercado. Junto com o tripé, as travas fiscais, o teto de gastos, a autonomia do BC vai impedir que haja uma política de desenvolvimento no país. Não importa quem será o presidente e qual a vontade da população, a política econômica será sempre de orientação neoliberal”, alertou Juvandia Moreira.
Desvinculação do governo
A gestão do BC fica desvinculada, de acordo com o projeto aprovado, do período de governo do Poder Executivo. “O Projeto de Lei propõe que o presidente da República indique o novo presidente do BCB apenas em 1º de janeiro do terceiro ano do mantado presidencial. Além disso, os diretores serão indicados de maneira intercalada: serão dois indicados todo primeiro de janeiro durante os quatro anos de mandato presidencial. Assim, o presidente eleito tem esvaziado seu poder de agir sobre a política monetária”, observa Bárbara Vallejos, doutoranda em Desenvolvimento Econômico e técnica do Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese).
Também foi aprovada uma emenda que estabelece como “objetivos secundários” do BC “suavizar as flutuações do nível de atividade econômica”. A emenda também estabelece a meta de zelar pela solidez e eficiência do sistema financeiro.
Movimento sindical denuncia Santander à CVM por possíveis irregularidades contábeis
Caixa abre inscrições para novos membros das Comissões Regionais da Diversidade
Conferência Livre de Mulheres do Ramo Financeiro elegeu representantes que defenderão propostas da categoria por igualdade salarial
Banesprev: Mais um capítulo de luta e resistência contra a retirada de patrocínio
Justiça tributária: Entenda o que significa a taxação dos super-ricos
Procon é acionado contra Itaú para garantir plano de saúde a aposentados
Sindicato dos Bancários de Araraquara e Região lança nova Campanha de Sindicalização com prêmios imperdíveis!
ATENÇÃO: Atividade sobre certificações bancárias foi adiada
Comissão da Câmara aprova projeto que isenta de IR quem ganha até R$ 5 mil
Institucional
Diretoria
História
Conteúdo
Acordos coletivos
Galeria
Notícias