A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander se reuniu com a direção do banco, no último dia 6 de fevereiro, para cobrar explicações quanto ao processo de reestruturação na rede nacional de agências, batizado de Multicanalidade.
O Santander publicou um comunicado no dia 22 de janeiro para informar que os gerentes Van Gogh e os gerentes de empresa, não frequentarão mais as agências. Os gerentes Empresas passarão a maior parte do tempo visitando seus clientes e os Van Gogh farão visitas e atendimentos pela plataforma digital. Houve também uma mudança na carteira de clientes. A divisão foi feita baseada num diâmetro de cinco quilômetros da residência de cada um.
A justificativa do banco é que o cenário do sistema financeiro está sendo reconfigurado, devido a mudança do perfil dos clientes e dos meios de pagamento. O objetivo do Santander é ser, nos próximos 10 anos, o banco de preferência dos seus clientes, considerando que hoje no mercado grande parte dos brasileiros usam mais de um banco.
O cliente que optar pelo atendimento presencial será recebido nas agências pelo Gerente de Negócios e Serviços (GNS) ou pelo Líder da agência.
A COE cobrou respeito às cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). “É um desrespeito do Santander com os trabalhadores e o movimento sindical, por não priorizar as negociações e a comunicação também com os clientes. Haja vista que a reestruturação já está acontecendo. São muitas mudanças e de alto impacto para as condições de trabalho e para a saúde dos trabalhadores”, afirmou a coordenadora Wanessa Queiroz.
A Comissão apresentou diversos pontos de preocupação com as mudanças de alto impacto para os trabalhadores. A primeira é a falta de treinamento para os GNS. “É o primeiro cargo ingressante do banco, não teve nenhum treinamento para atender pessoas física e jurídica e, sem dúvidas eles ficarão sobrecarregados”.
O Santander garantiu que irá contratar 600 bancários para o cargo de GNS em todo o Brasil para atender as demandas na rede de agências e irá oferecer cursos e treinamentos para os novos e os que já estão no atendimento aos segmentos Van Gogh e Empresas.
Quanto aos gerentes Van Gogh e Empresas, o movimento sindical questionou as condições de segurança dos trabalhadores. “Eles andarão a todo momento perto das suas casas. Todo mundo saberá quem eles são e qual o cargo que ocupam. Além disso, eles precisam de condições para fazer o trabalho, como um chip ou celular exclusivo do banco, uma mochila para carregar todo o equipamento necessário e convênio no Uber Corporativo para a realização das visitas aos clientes”, alertou Wanessa. “O objetivo é fazer adequação da rede, melhorar a plataforma digital, mas não houve nenhum investimento para melhorar o espaço de trabalho dos funcionários”, completou.
Outro ponto de incômodo com a mudança é que a agência vai passar a ser classificada pelo faturamento total. “O medidor de qualidade de monitoramento do atendimento e do pós-venda não será mais individualizado, será coletivo”, disse a coordenadora.
Uma nova reunião foi agendada para o dia 22 de fevereiro, quando o banco se comprometeu a responder a todas as reivindicações. No entanto, já sinalizou a disposição de fornecer um chip ou um aparelho celular, uma mochila de transporte adequada, um plano de Uber Corporativo e criar alguns pontos de encontro em diversas localidades, nomeados de hub, para que os gerentes possam trabalhar de lá.
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