O dia 22 de setembro é uma data instituída no Brasil para conscientizar sobre a importância da juventude ao país. “Esse segmento é percursor de importantes mudanças políticas, a exemplo da resistência da União Nacional dos Estudantes (UNE) contra a ditadura militar, do movimento caras-pintadas, que derrubou o governo Collor e, mais recentemente, do #EleNão, que chamou atenção sobre as atrocidades do governo anterior, quando houve um forte ataque às instituições democráticas”, explica a secretária da Juventude da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Bia Garbelini.
O Estado Brasileiro define como jovens as pessoas com idade entre 15 e 29 anos de idade. Apesar de a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) Domicílios e Moradores, divulgada pelo IBGE em junho deste ano, revelar que o Brasil não é mais um país de jovens, o grupo com menos de 30 anos ainda é muito expressivo no país, representando cerca de 43% da população.
“A CUT define a juventude até os 35 anos, considerando que, em algumas categorias, como o próprio ramo financeiro, as pessoas entram no mercado de trabalho um pouco mais tarde”, destaca Bia. Considerando até essa idade, o total da população entre 15 e 35 anos representa pouco mais de 51% do total demográfico do país.
“O movimento sindical precisa olhar com muita atenção para a juventude, porque esse grupo no Brasil é majoritariamente trabalhador e também está na luta para acessar a educação. A maior parte dos jovens que trabalha, hoje trabalha de maneira informal, através de plataformas [como entregadores de aplicativos, por exemplo]. São poucos os que têm registros na carteira. Como movimento sindical, temos que nos adequar a essa realidade, rever muitos processos em nossas formas de atuar, para que esses jovens também busquem se organizar através dos sindicatos e se fortaleçam na luta por seus direitos no mundo do trabalho”, pondera.
Cenário desafiador
A mesma pesquisa do IBGE também mostra que o país segue desperdiçando o chamado “bônus demográfico”, ou seja, o potencial da população jovem que pode ser preparada, em termos educacionais e culturais, para que, no futuro, entre no mercado de trabalho com capacidade de atuação.
“O que está acontecendo no Brasil é o mesmo que vem acontecendo em países desenvolvidos europeus, ou seja, a quantidade de pessoas em idade ativa vem caindo, rapidamente. Porém, ao contrário da Europa, que já alcançou grau de desenvolvimento econômico e social, o Brasil ainda não alcançou e, ainda, está desperdiçando seu bônus demográfico, que são os jovens que poderiam estar ingressando mais tarde e com maior escolaridade no mercado de trabalho, movimentando melhor a previdência e o valor dos impostos recolhidos, por exemplo, o que refletiria em mais recursos para políticas públicas”, explica Bia. “E esse cenário é reflexo da histórica falta de investimentos direcionados para a qualidade de vida da juventude, que faz com que boa parcela termine na informalidade e subemprego”, completa.
Retomada de investimentos
No período mais recente, entre 2019 e 2022, o então governo Bolsonaro cortou 93% do orçamento da Secretaria de Juventude, além de acabar com políticas públicas para esse grupo, estabelecidas nos governos anteriores, de Lula e Dilma, quando, historicamente, ocorreram os maiores investimentos em oportunidades e garantias de direitos aos jovens (ampliação no acesso ao mercado de trabalho, ao crédito, à renda, à terra, aos esportes, lazer e cultura).
Em julho, o governo Lula, em seu terceiro mandato, recriou Comitê Interministerial da Política Pública de Juventude (COIJUVE), órgão faz a gestão e o monitoramento das políticas públicas destinadas à juventude.
“O Governo Federal está num movimento de retomada do diálogo com a juventude. Inclusive, estamos felizes com o anúncio de que haverá uma Conferência Nacional da Juventude, e isso será muito importante para definir as políticas para os próximos anos”, avalia Bia Garbelini.
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