Existe comunicação eficiente em um mundo dominado pelas big techs?
No cenário atual, onde as gigantes da tecnologia controlam grande parte da informação que consumimos, como garantir uma comunicação realmente eficiente e democrática?
Data: 24/01/2025 às 15:27
Fonte: Seeb/SP

*Por Neiva Ribeiro

A foto que rodou o mundo, com os apoiadores do presidente americano em sua posse, Donald Trump, deixa claro quem o apoia: os chefões de big techs Mark Zuckerberg (Meta), Jeff Bezos (Amazon), Sundar Pichai (Google), Elon Musk (X e Tesla) e Tim Cook (Apple).

Trump tem se aproximado das empresas do setor desde a campanha. Não por acaso, Zuckerberg anunciou o fim das checagens de fatos nas plataformas da Meta. Lembrando que Trump chegou a ser expulso do Twitter (hoje X) por conta da divulgação de notícias falsas.

De acordo com informações em matérias na imprensa, a Amazon, de Bezos, e a Meta, de Zuckerberg, estão entre as empresas que fizeram doações para a posse de Trump, cada uma doando 1 milhão de dólares. Musk - chefe da Tesla, SpaceX e X - gastou mais de 250 milhões de dólares para ajudar a eleger Trump na eleição de novembro.

A “Era de Ouro” anunciada por Trump deixa dúvida sobre o que podemos esperar daqui para a frente. E a quem vai pertencer esse ouro, já que foi eleito com a promessa de deportar “milhões e milhões”?  Durante a posse, Trump também anunciou que vai orientar a administração pública a considerar a existência de apenas dois sexos, isso significa o fim de programas de proteção a pessoas trans e a impossibilidade de que termos como "não-binário" sejam colocados nos documentos oficiais.

No Brasil, nesta segunda-feira (20), o presidente Lula fez a primeira reunião ministerial de 2025, com cobranças importantes ao seu primeiro escalão, e destaque para a área de comunicação do governo.

Este mês houve troca do coordenador de comunicação do governo, a partir de novos desafios devido à polêmica das fake news envolvendo o Pix. O presidente sugeriu aos ministros que submetam suas principais iniciativas para o novo chefe da secretaria de comunicação, Sidônio Palmeira, para amenizar conflitos e polêmicas.

Para melhorar a comunicação do governo com a população e dar visibilidade às suas ações, muitos acreditam que é preciso informações mais acessíveis.

Além de uma comunicação direta, temos de entender a força das big techs. É preciso avançar na construção de uma regulação das plataformas digitais e estabelecer parâmetros de transparência e integridade das informações. O ChatGPT, por exemplo, se tornou um marco no setor da Inteligência Artificial, mas seu conteúdo pode ser facilmente modificado a partir de seus algoritmos. A quem interessa ter o controle da informação?

Entre os desafios dos próximos anos está a necessidade de construir uma estrutura robusta que garanta a transparência, integridade e responsabilidade das informações compartilhadas na internet. O crescimento das plataformas digitais, como redes sociais, trouxe desafios imensos em termos de desinformação, manipulação de dados e o impacto na democracia e nas eleições. Isso exige, cada vez mais, uma abordagem regulatória clara e eficaz para proteger os usuários e promover um ambiente digital mais seguro e confiável.

 

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