A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) realizará, nos dias 10 e 11 de novembro, o VII Fórum Nacional pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro. O evento será em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul.
O encontro, voltado a dirigentes sindicais e assessorias responsáveis pelas secretarias de políticas sociais dos sindicatos e federações, coloca como eixo central a defesa de mais contratações de negros e negras nos bancos desde sua primeira edição, realizada em 2011.
“No VII Fórum Nacional pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro, vamos discutir o racismo na sociedade e seus reflexos no mercado de trabalho, como sempre fizemos nas edições anteriores”, antecipa o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar. A programação completa será divulgada nos próximos dias.
O secretário afirma que o objetivo maior do Fórum é fortalecer o debate sobre as questões raciais e as formas de atuação sindical para ampliar o número de negras e negros na categoria bancária. “O evento é também parte importante da luta do movimento negro para que todos os trabalhadores dos mais diversos segmentos tenham oportunidade de acesso ao emprego e salário justo, da luta contra o racismo no trabalho e na vida”, diz.
Discriminação estrutural
Enquanto 57% da população brasileira são formados por negras e negros, a categoria bancária tem apenas 23,6% desse segmento em seus quadros. Já a parcela de brancos e brancas é de 72,6%. A remuneração da mulher preta bancária é, em média, 40,6% menor que a do bancário homem branco. As informações foram sistematizadas pela Rede Bancários do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base em dados do IBGE e do Ministério do Trabalho. Veja o estudo completo aqui.
Na sociedade, a violência também reflete o racismo estrutural no Brasil. Conforme dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022, nesse ano, das 47.508 mortes violentas no país, 76,9% das vítimas eram pessoas negras e 50,2% tinham entre 12 e 29 anos. Dos 1.437 feminicídios, 61,1% foram cometidos contra mulheres negras e 71,9% contra mulheres entre 18 e 44 anos.
“Esses números são absurdos, pois mostram uma sociedade muito violenta e perigosa para todas as pessoas, mas principalmente para a juventude e a população negra”, avalia Almir. “Seja nas ruas, em casa ou no trabalho, temos que quebrar essa rotina de discriminação, para termos uma sociedade mais justa e humana”, completa o secretário.
#JurosBaixosJá
Estudo recente de economistas da Universidade de São Paulo (USP) verificou que, quando sobe a Selic, a taxa de juros de referência do país, o desemprego cresce mais entre os homens negros do que para os demais. No entanto, as mulheres, negras ou brancas, são menos afetadas pela variação dos juros.
O motivo provável para isso é o número muito maior de homens em setores como construção e indústria, bastante dependentes do crédito. Já entre as mulheres, educação e saúde e, no caso das negras, o trabalho doméstico, são as áreas que mais empregam, que, em geral, não são diretamente afetadas pelas taxas de juros.
Histórico
O Fórum Nacional pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro começou em 2011, em Salvador (BA). A segunda edição ocorreu em 2013, no Rio de Janeiro (RJ). Três anos depois, o evento foi para a região Sul, em Curitiba (PR). O encontro seguinte ocorreu em Recife (PE), em 2017. O quinto Fórum teve como sede a cidade de Belo Horizonte (MG), em 2019. Em 2021, o sexto evento foi realizado na modalidade online, em virtude da pandemia de coronavírus.
Curso Paternidade e Maternidade com Relações Compartilhadas inicia nova turma em junho
Caderno dos Estados 2025 destaca papel da Caixa no desenvolvimento social e econômico do país
Pesquisa confirma: empregados querem reajuste zero nas mensalidades e melhoria da rede no Saúde Caixa
Emprego bancário segue em queda no primeiro trimestre de 2025, aponta Novo Caged
Justiça acata parcialmente ação da Contraf-CUT contra a Cassi e determina regras para cobrança de contribuições
Santander antecipa 1ª parcela do 13º apenas para empregados admitidos até dezembro de 2024
Coletivo Nacional de Saúde debate mudanças na NR-1 e junta médica
Consulta pública do Banco Central sobre regulação de fintechs termina em 31 de maio
Caixa aprova incorporação de participantes do REB ao Novo Plano
Institucional
Diretoria
História
Conteúdo
Acordos coletivos
Galeria
Notícias