Com pouco ou nenhum debate e votado apressadamente. É dessa forma que a Câmara dos Deputados pode aprovar o Projeto de Lei Complementar que dá autonomia ao Banco Central (BC). A decisão pode representar prejuízo para a política econômica brasileira e deixa a definição dos destinos do país nas mãos dos bancos e do mercado financeiro.
O Projeto de Lei 19/2019 “define os objetivos do Banco Central do Brasil e dispõe sobre sua autonomia e sobre a nomeação e a exoneração de seu Presidente e de seus Diretores”. A proposta já foi aprovada no Senado. O relator, deputado federal Sílvio Costa (Republicanos-PE), encaminhou aprovação na Câmara sobre as bençãos de Paulo Guedes e do executivo.
“Para um projeto tão importante, tão radical na política monetária brasileira, que vai ter um custo social altíssimo, não houve debate nas comissões. Não teve um debate para se aprofundar ou pelo menos corrigir as aberrações. Está sendo uma coisa imposta, autoritária, construída pelo governo Bolsonaro e pelo ministro Paulo Guedes“, criticou o secretário de Relações do Trabalho da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Jeferson Meira, o Jefão.
O projeto de autonomia do Banco Central está há 30 anos em discussão no Congresso. “Sempre foi apoiado pelas mesmas pessoas, os liberais, neoliberais, defensores do estado mínimo e envolvidos com o bilionário sistema financeiro que é o maior patrocinador e beneficiado desse projeto. São pessoas ligadas aos empresários, aos rentistas, além dos desinformados. É o que está em jogo com a autonomia do Banco Central, que vai ficar nas mãos dos empresários, dos rentistas, dos bancos, dos milionários. Essa é a discussão central que está por trás do projeto de autonomia do Banco Central. Querem diminuir o papel do estado. Isso é um sinal de que esse governo, que quer aprovar esse projeto com urgência, não tem projeto nenhum de política monetária”, alerta o secretário.
Funcionários do BB rejeitam proposta que aumenta contribuição à Cassi e impacta orçamento das famílias
Sindicato participa de ato na Avenida Paulista, em SP, pelo fim da escala 6x1, taxação dos super-ricos e pela soberania do país
COE do Mercantil cobra redução na meta para recebimento da PLR própria
Coletivo Nacional de Segurança Bancária alinha propostas para negociação com a Fenaban e prepara seminário nacional
Hoje (10) é dia de ir às ruas exigir a taxação dos super-ricos!
Conquista dos sindicatos no ACT, Banco do Brasil anuncia ampliação do trabalho remoto
Contratação de mais um ex-BC pelo Nubank expõe relação de interesse entre agentes reguladores e fintechs
Dia Nacional de Luta expõe contradições do Itaú: lucro bilionário, demissões e agência fechada em Araraquara
Julho das Pretas: mês celebra resistência e luta das mulheres negras no Brasil
Institucional
Diretoria
História
Conteúdo
Acordos coletivos
Galeria
Notícias