
O campo evangélico brasileiro Consciência Cristã convidou para seu congresso o pastor estadunidense Douglas Wilson, que sistematicamente defende o direito de cristãos escravizarem pessoas negras, com o falso argumento de que essa é uma autorização presente na Bíblia. A informação foi divulgada pelo site de jornalismo investigativo Intercept Brasil.
Esse não é um sentimento cristão; o cristianismo defende que todos respeitem o próximo sem qualquer discriminação”, observa o secretário de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Almir Aguiar. “A Constituição e o Código Penal proíbem o trabalho escravo no Brasil, portanto as palavras desse pastor norte-americano são ilegais aqui”, complementa. O crime de racismo é imprescritível, com pena de dois a cinco anos de prisão.
“Defender a escravidão no Brasil é um disparate, até porque nós, os negros e as negras, somos 57% da população. No entanto, o pior de tudo é que esse pensamento é racista em sua essência, e nenhum tipo de discriminação tem espaço numa sociedade justa e democrática, como a que estamos buscando construir no Brasil”, afirma o secretário.
A Contraf-CUT e o Instituto de Pesquisas das Culturas Negras (IPCN) estão convocando os movimentos negros para repudiar essa participação retrógrada dentro do país. “Esse pastor ataca diretamente os direitos humanos e o bom diálogo interreligioso”, diz Almir. “No momento histórico em que estamos, não podemos aceitar a disseminação do ódio e de mentiras, que são a base de ideologias terraplanistas, racistas e nazistas, que discriminam e matam pessoas, ou mesmo populações, pelas suas características étnicas, local de origem ou condição social”, ressalta Almir. “Temos que mostrar nossa rejeição a isso”, conclui.
O evento e o pastor
O congresso da Consciência Cristã – uma associação conservadora de igrejas evangélicas – ocorre durante o Carnaval, em Campina Grande (PB).
Wilson, líder da Igreja de Cristo, em franco crescimento nos Estados Unidos, é um teólogo fundamentalista, autor de dois livros para defender a escravização de pessoas negras por cristãos, que já exerce grande influência na extrema direita brasileira.
Ele também é um dos principais articuladores do chamado “nacionalismo cristão”, que teve participação na invasão do Capitólio (o congresso norte-americano), em 6 de janeiro de 2022, para tentar impedir a posse de Joe Biden, que havia derrotado o ultraconservador Donald Trump nas eleições. É uma organização vista como séria ameaça à democracia.

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