A realidade de grande parte da população trabalhadora no Brasil é, infelizmente, de dedicação quase integral ao trabalho, num mecanismo desumano. De casa para o trabalho e do trabalho para casa, e, nesse entremeio, horas gastas no transporte público. O tempo disponível para a qualidade de vida é praticamente zero, uma vez que na escala 6×1, o trabalhador cumpre seis dias na semana e folga apenas um.
Para completar as 44 horas semanais, o empregado precisa de oito horas diárias e nem sempre sabe qual dia da semana irá folgar, algo muito comum em comércios.
Mas, um importante debate pode mudar o cenário. A luta contra a escala 6×1 ganhou ainda mais força com a proposição de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) pela deputada federal Erika Hilton, que propõe limitar a jornada de trabalho para 36 horas semanais, exercida pelo empregado durante quatro dias na semana. A deputada já reuniu as 171 assinaturas necessárias para a tramitação da PEC.
Categorias com representação sindical robusta, como a bancária, conquistaram duramente o direito do descanso aos finais de semana e são vanguardas na reivindicação pela semana de quatro dias. Ademais, a tecnologia que domina diversos setores pode ser aliada do trabalhador na busca por mais qualidade de vida.
O modelo de escala 4×3 já foi testado em outros países, com eficácia comprovada. Trabalhador que tem tempo para desempenhar outras atividades além do trabalho possui melhor rendimento, fugindo do esquema da “máquina de moer gente”.
De onde veio o movimento?
O debate sobre o fim da escala 6×1 teve destaque nas redes sociais com o Movimento VAT (Vida Além do Trabalho), criado inicialmente no Tik Tok por Rick Azevedo, ex-balconista de farmácia e hoje vereador recém-eleito Rio de Janeiro. A petição pública criada pelo VAT para pressionar os parlamentares a atuarem pelo fim da escala 6×1 já soma mais de duas milhões e trezentas mil assinaturas.
Todavia, a discussão não é de hoje. A redução da jornada de trabalho vem desde 1987 durante a Constituinte, com a luta por 40 horas à época. Em 2015, o senador Paulo Paim apresentou uma PEC prevendo redução gradual da jornada para 36 horas.
No ano passado, o senador Weverton Rocha, por sua vez, apresentou PEC que prevê que, por meio de convenções coletivas, seja possível reduzir a carga horária de qualquer categoria para 30 horas semanais, o que na prática possibilitaria a adoção pelas empresas do modelo de trabalho de 4 dias semanais.
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