Na última reunião da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, realizada em 23 de dezembro de 2024, a instituição anunciou uma mudança significativa nos critérios de elegibilidade para a remuneração variável. A partir de agora, os caixas estarão elegíveis apenas ao Programa Próprio de Resultados (PPRS), enquanto a remuneração variável ficará restrita às áreas comerciais.
Essa nova deliberação gerou forte preocupação entre os representantes dos trabalhadores, uma vez que o banco, nas entrelinhas, sinaliza que os caixas não seriam mais elegíveis a receber a remuneração variável, um direito conquistado e essencial para a valorização desses profissionais.
Durante a reunião, a COE apresentou uma série de questionamentos e ponderações ao banco sobre os impactos dessa decisão. Entre os pontos levantados, destacam-se:
Vedação à venda de produtos pelos caixas: A decisão significa que os caixas não poderão mais vender produtos?
Impactos na carreira: Como será feita a avaliação dos caixas que realizam vendas e desejam progredir na carreira?
Extinção da função: A mudança sugere uma tentativa do banco de acabar com a função de caixa nas agências?
Discriminação profissional: A exclusão dos caixas da remuneração variável não configuraria uma forma de discriminação?
Cobrança incompatível: Em agências sem a função de caixa, os Especialistas de Serviços (ESs), que precisam assumir essas atividades, são pressionados por metas de vendas que não conseguem cumprir enquanto atuam no atendimento ao caixa.
“O movimento sindical tem sido historicamente contra a imposição de metas de vendas de produtos para os caixas, defendendo a adoção de metas coletivas como forma de valorizar o trabalho em equipe e evitar pressões individuais excessivas. A exclusão dos caixas da remuneração variável reforça a luta dos sindicatos contra as medidas que discriminam trabalhadores e retiram direitos”, afirmou André Camorozano, membro da COE Santander.
"A decisão do banco é um claro retrocesso e representa uma desvalorização dos caixas, que desempenham um papel essencial no atendimento ao cliente. Continuaremos firmes na luta para reverter essa decisão e garantir que nenhum direito seja retirado", afirmou Rita Berlofa, secretária de Relações Internacionais da Contraf-CUT.
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