As lesões por esforço repetitivo e os distúrbios osteomusculares (LER/DORT), que antes eram a principal causa de afastamentos na categoria bancária, ganharam a companhia de doenças relacionadas às questões mentais, resultado das pressões por metas e sobrecarga de trabalho que caracterizam a realidade de bancários e bancárias nas agências do Banco do Brasil.
Para denunciar esse cenário, pressionar o banco contra a prática abusiva e cobrar a valorização dos funcionários, diretores do Sindicato realizaram, na manhã desta quarta-feira (11), uma atividade de protesto na agência do BB localizada na região central de Araraquara.
“O Banco do Brasil lucrou quase R$ 29 bilhões nos nove primeiros meses do ano, com aumento expressivo de clientes, que não foi acompanhado com a mesma intensidade pela entrada de novos funcionários e funcionárias. Este ritmo de crescimento é fruto do trabalho extraordinário, mas muitas vezes exaustivo, dos trabalhadores, somado ao aumento das metas impositivas. É inadmissível que o BB adote uma política semelhante à de bancos privados exclusivamente a fim de maximizar seus lucros, precarizando o trabalho, adoecendo a categoria e na contramão de sua função social”, destacou o diretor de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato, André Luiz de Souza.
Um Infopress também foi distribuído com informações sobre as causas do adoecimento psíquico, como identificá-las no ambiente laboral, orientações sobre como lidar com esses desafios, além de atualizar como a campanha “Menos Metas, Mais Saúde”, da qual o Sindicato participa, está trabalhando para promover mudanças positivas.
Os dados de pesquisas realizadas pelo movimento sindical comprovam a epidemia de doença mental entre a categoria.
Pesquisa “Avaliação dos Modelos de Gestão e das Patologias do Trabalho Bancário”, realizada pela Secretaria de Saúde da Contraf-CUT, em colaboração com pesquisadores do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UNB), e divulgada no final de 2023, revelou que 80% dos trabalhadores bancários tiveram ao menos um problema de saúde relacionado ao trabalho no último ano. A consulta nacional da categoria também mostrou que 16% dos bancários e bancárias do estado indicaram o combate ao assédio moral como prioridade na Campanha, um número bastante expressivo. Revelou ainda que, entre os trabalhadores no estado, 28% fazem uso de medicação controlada.
O Sindicato segue mobilizado em defesa de BB público e para todos, e não aceitará o sofrimento de seus trabalhadores.
“A participação dos bancários e bancárias neste processo é fundamental para garantir a saúde de todos. Para isso, devem se manter conectados ao Sindicato, denunciando a precarização das condições de trabalho, o assédio moral ou qualquer outra irregularidade”, reforçou o diretor da entidade, Marcelo Fabiano Siqueira.
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