Trabalhadores do ramo financeiro aprovam propostas para o 14º Concut
Velhos desafios se juntam a novos para a classe trabalhadora, em conjuntura política que, apesar de governo progressista no comando do país, ainda requer combate à ultradireita
Data: 04/08/2023 às 16:56
Fonte: Contraf-CUT, com edição de Seeb Araraquara

Nesta sexta-feira (4), aconteceu na capital paulista o encontro de dirigentes de todo o país para a Plenária Nacional do Ramo Financeiro, com o objetivo de definir as contribuições da categoria para o 14º Congresso Nacional da CUT (Concut), que ocorrerá entre os dias 19 e 22 de outubro, também em São Paulo.

Trabalhadores bancários de Araraquara e região estiveram representados no evento pela diretoria do Sindicato. Participaram os diretores André Luiz de Souza, Andreia Cristina de Campos, Rosângela de Farias Silva Lorenzetti, Paulo Vicente Fernandes, Marcelo Fabiano Siqueira e o presidente da entidade, Paulo Roberto Redondo.

A Plenária, organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), teve início às 10h, marcado pelo discurso de abertura proferido por representantes da entidade.

“O movimento sindical bancário ajudou a fundar a Central Única dos Trabalhadores e participa ativamente em todos os estados, na luta da classe trabalhadora”, destacou a presidenta da Contraf-CUT e vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira.

“Nossa plenária aconteceu em um momento em que também está acontecendo a Conferência Nacional, e ambos os fóruns são para debater as pautas importantes da reconstrução do Brasil e para os bancários e bancárias”, pontuou o secretário-geral da Contraf, Gustavo Tabatinga.

“Ainda temos muito trabalho, debates importantes que precisam acontecer para enfrentar os ataques da extrema direita e para avançar nas pautas da classe trabalhadora”, acrescentou a anfitriã da plenária, Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

“Discutir as questões do sistema financeiro é fundamental para o país. Temos uma organização forte, [como sindicato cutista] e precisamos ampliar a representação para muitos colegas que estão no sistema financeiro, que saem dos bancos e estão em empresas do sistema financeiro que agem de todas as formas para que os trabalhadores não tenham representação sindical forte”, ponderou o secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT, que também é presidente do Sindicato de Campinas e Região, Lourival Rodrigues.

“A nossa atuação foi importante para eleger Lula, evitar um segundo mandato Bolsonaro. Mas precisamos continuar, melhorar a nossa correlação de forças, inclusive no Congresso Nacional, para avançar nas pautas dos trabalhadores, em pautas que perdemos nos últimos anos, com reforma trabalhista, reforma previdenciária e desmonte do Ministério do Trabalho”, concluiu o secretário de Saúde da Contraf-CUT, Mauro Salles.

> Veja aqui a galeria de imagens da Plenária Nacional do Ramo Financeiro

Propostas da plenária

As propostas debatidas e aprovadas pelos participantes, delegados e delegadas das bases filiadas da Contraf-CUT, foram relacionadas:

- Ao fortalecimento da classe trabalhadora

- Ao combate da violência contra a mulher

- À promoção da igualdade salarial

- À promoção da juventude

- À inclusão da juventude no mercado de trabalho e nas organizações sindicais

- Respeito à diversidade

- Combate ao racismo

Entre os desafios do cenário atual, que ressaltaram durante a discussão das propostas, estão a ampliação de jovens no movimento sindical e superação dos desafios impostos no mercado de trabalho pelo racismo estrutural.

“Alguns eixos prementes, para a juventude e que destacamos na plenária, são avançar em discussões que são de interesse dos jovens, na atualidade, como meio ambiente, questão de gênero e tecnologia”, destacou secretária da Juventude da Contraf-CUT, Bia Garbelini.

Em relação às políticas antirracismo, o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar, lembrou que as políticas de promoção à igualdade, estabelecidas nos governos passados de Lula e Dilma, sofreram desmonte, em especial, na gestão Bolsonaro, quando ocorreu, inclusive, estímulo ao racismo. “A responsabilidade do movimento sindical bancário é buscar uma sociedade justa e igualitária, que extrapola as fronteiras das reivindicações trabalhistas, uma vez que a realidade de violência impacta, invariavelmente, no mundo do trabalho”, observou.

A secretária da Mulher da Contraf-CUT, Fernanda Lopes, destacou que, diante dos vários desafios para igualdade de gênero ser alcançada no mercado de trabalho brasileiro, onde as mulheres ainda recebem cerca de 20% menos que os homens, mesmo que, em média, tenham maior grau de escolaridade, o movimento sindical tem papel fundamental no acompanhamento e implementação da Lei da Igualdade Salarial (nº 14.611/2023), de iniciativa do governo Lula e aprovada pelo Congresso Nacional.

Outra questão, abordada como “importantíssima” pela presidenta da Contra-CUT, que foi incluída nas propostas da plenária, é a participação dos trabalhadores em torno do processo de transição econômica que destrói o meio ambiente para uma economia sustentável. “Nessa questão, temos que incluir o combate à desigualdade”, completou Juvandia Moreira. 

Sobre o 14º Concut

O 14° Concut será realizado entre os dias 19 e 22 de outubro, em São Paulo, quando também acontecerá a celebração dos 40 anos da CUT. O tema deste ano é “Luta, direitos e democracia que transformam vidas”.

“É um momento histórico em que passado e presente se encontram apontando para o importante papel que a CUT precisa desempenhar no processo de organização da classe trabalhadora e de reconstrução do país”, diz a entidade em nota, se referindo a atuação das entidades sindicais no terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Desta forma, todo o processo de Congresso deve espelhar e fazer jus à importância da CUT para os trabalhadores e trabalhadoras e para o Brasil, tanto em número de delegadas e delegados, como também na qualidade das discussões e proposições que devemos apresentar, debater e aprovar. Um congresso massivo e organizado demonstrará a pujança da CUT para a sociedade, os movimentos sociais e a esquerda em geral”, completa a entidade.

 

 

 



 

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